HISTÓRIA

Museu Paranaense relembra o passado do Estado do Paraná

A história do Paraná e da nossa gente contada com pinturas, fotos, documentos e coleções com artefatos indígenas, roupas e objetos dos povos colonizadores, peças usadas no nefasto período da escravidão, armas e uniformes militares da época do império, além de móveis usados pelos curitibanos que viviam aqui em séculos passados. Isto e muito mais está à disposição dos visitantes do Museu Paranaense, que fica na Rua Kellers, no Alto São Francisco, em Curitiba.

Victor e a sua avó Iolanda gostaram do Museu Paranaense. Foto: Lineu Filho.
Victor e a sua avó Iolanda gostaram do Museu Paranaense. Foto: Lineu Filho.

Fundado em 1876, sendo o primeiro museu do Paraná e o terceiro do Brasil, o Museu Paranaense conta hoje, em sua sexta sede oficial, com um acervo com cerca de 400 mil itens. Com peças datadas desde a pré-história até meados do século passado, a seleção de objetos surpreende quem vem até o local.

“Tem muita coisa interessante, gostei mesmo. É um ótimo passeio, relembra muita coisa. Me chamou a atenção a roda de tear e a máquina de colher erva mate”, contou a aposentada Iolanda Viera Ventola, 76 anos, que veio a Curitiba para ver sua neta e aproveitou para visitar o museu.

Para o designer Victor Ventola Bravin, 25, que acompanhava sua avó, o espaço está mais que aprovado. “Bem legal, gostei bastante, é bem completo, me surpreendeu. O que mais gostei foi a parte de impressão gráfica e a impressora de litografia”, contou.

Leandro e Camila foram ao museu conhecer a história do Paraná. Foto: Lineu Filho.
Leandro e Camila foram ao museu conhecer a história do Paraná. Foto: Lineu Filho.

Morando há cerca de seis meses em Curitiba, a professora Camila Jorge da Silva, 26 e seu marido, o representante comercial Leandro Tonholi, 35, vieram ao museu para passear e também, para aprender mais sobre o passado.

“Achei bem interessante, para a gente conhecer um pouco mais sobre a história do Paraná. Destaco a arquitetura antiga do prédio (principal), é que bem bacana. Parece que a gente está num tempo passado”, opinou Camila. “Vale a cultura, se aprimorar e descobrir coisas que a gente não conhece da região e do país”, ressaltou Leandro.

Exposições permanentes e temporárias

Segundo o historiador do Museu Paranaense Renê Wagner Ramos, as obras das mostras temporárias e permanentes se dividem basicamente em dois espaços principais: o Palácio São Francisco, uma construção histórica que encanta com sua refinada arquitetura do início do século passado e também, o amplo e moderno anexo que foi aberto ao público em 2003.
“No Palácio São Francisco, o prédio histórico, ficam as exposições temporárias. No andar superior há quatros salas, que abrigam mostras como o antigo memorial da erva mate da Família Leão e a reprodução de uma residência com mobiliário do século 20”, explica Renê.

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Além delas, no térreo há objetos do acervo de Vladimir Kozák, naturalista tcheco, que viveu em Curitiba entre 1928 e 1979 e outras peças como medalhas e comendas históricas vindas do acervo do extinto Museu Coronel David Carneiro, além de pinturas e esculturas de mostras temporárias como a Bienal de Curitiba. Já no anexo, segundo o historiador, o visitante encontra objetos da exposição permanente, que contam como se deu a ocupação histórica do território do Paraná.

Foto: Lineu Filho.
Foto: Lineu Filho.

“Há desde peças indígenas, arqueológicas e exemplares de animais, até aquelas que mostram como se deu a colonização do estado, iniciado pelo oeste, com os espanhóis. Já na rampa o espaço é dedicado à imigração e às diferentes culturas étnicas. No piso inferior há arte e objetos do século 19, com peças do tempo do império e das guerras”, ressalta Rene, que ainda destaca a maquete da Curitiba de 1856, que também faz sucesso entre os visitantes.

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E além das exposições, atualmente o Museu Paranaense também desenvolve estudos nas áreas da Arqueologia, Antropologia e História.

Museu Paranaense
Rua Kellers, 289 – Alto São Francisco
Telefone: 41 3304-3300
De terça a sexta-feira das 9h às 18h.
Aos sábados, domingos e feriados das 10h às 16h.
Entrada gratuita