Em uma batalha diária, a família de Erick, 13 anos, moradora do Tatuquara, enfrenta mais um capítulo de dificuldade. Dessa vez, o pequeno precisa da substituição de cabos utilizados no monitor cardíaco, instalado na UTI que os pais conseguiram montar dentro de casa, com a ajuda de leitores da Tribuna. O caso é acompanhado pelo jornal desde 2014.

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Cada cabo custa, em média, R$ 700. São três. O único sustento garantido da família tem sido a pensão que o garoto recebe do governo: R$ 880 mensais. Sem contar com o custo dos cabos, o gasto mensal com a criança gira em torno de R$ 2,5 mil. Dalvana não trabalha desde que se tornou mãe de Erick. Agora, grávida de seis meses, aguarda pela chegada de outro menino.

O pai, Edson, rompeu os ligamentos do joelho há oito meses ­ enquanto trabalhava, e aguarda pela cirurgia, que será bancada pelo SUS e ainda não tem data para acontecer. Enquanto isso, não pode fazer esforço. Dessa maneira, não consegue exercer sua função de autônomo na construção civil. “Limitado, eu só posso atender a alguns bicos. Isso reflete no meu salário. Ganhando menos eu não consigo bancar todas as despesas do meu filho”, explica. Uma consulta com o anestesista ­ procedimento que antecede a cirurgia, está marcada para o próximo dia 22. Porém ainda não há confirmação da data de operação.

Solidariedade

Sem contar com o custo dos cabos, o gasto mensal com a criança gira em torno de R$ 2,5 mil. Foto: Giuliano Gomes

Dalvana relata que a ajuda de amigos e familiares se tornou essencial. “O que nós temos hoje foi graças à solidariedade dos outros. Continuamos precisando de ajuda, porque o gasto é muito alto com fraldas, remédios, leite… Agora, para complicar mais, tem essa situação dos cabos que precisam ser substituídos a cada três meses”, relata a mãe. Ela pede ainda ajuda para compra de uma poltrona adaptada para o filho, que custa aproximadamente R$ 1,6 mil. A poltrona evita que ele tenha ainda mais problemas nas costas ­ situação que já o impede de usar uma cadeira de rodas.

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Os medicamentos também não custam barato. O que deveria ser fornecido pela rede pública de saúde, não é. “Falta gase, soro, sonda, gardenal, paracetamol, prednisona. Algumas coisas estão em falta há quase seis meses. E isso é só o básico”, reclama Dalvana.

O que ele tem?

Erick nasceu com a Síndrome de Lennox. Foto: Giuliano Gomes

Erick foi diagnosticado com Síndrome de Lennox ­ um tipo raro de epilepsia da infância e com graves consequências. Segundo a mãe, os problemas foram motivados por um erro médico. “Eu queria que fosse feita a cesariana e o plantonista insistiu no parto normal. Utilizaram o fórceps duas vezes e foi aí que ele teve a paralisia cerebral, que gerou todos esses problemas”, explica a mãe.

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Conta-poupança 3357-8
Dalvana Correia da Silva
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