Tatuquara

Falta pouco!

Desde a primeira vez que a Tribuna esteve na casa de Dalvana Correia da Silva, em fevereiro deste ano, muita coisa melhorou. Na época, ela procurava ajuda para construir no próprio terreno uma UTI para seu filho, Erick Ismael da Silva, de 11 anos, que tem paralisia cerebral desde o nascimento e enfrenta várias infecções e complicações decorrentes da doença. Além disso, a família passava por um momento delicado financeiramente e não tinha condições de arcar com todos os custos para compra de medicamentos e mantimentos utilizados pelo garoto.

A solidariedade dos leitores se manifestou rapidamente e as doações logo chegaram. Prova disso é que no terreno da casa da família, no Tatuquara, já foi erguida parte do espaço que irá receber a UTI. “Agora falta pouca coisa, estamos conseguindo fazer”, comemora Dalvana.
Colchão ortopédico é um dos intens que estão faltando. Foto: Ciciro BackAinda assim a mãe do garoto depende de ajuda, especialmente para mão de obra, pois os equipamentos já estão garantidos. Ela conta que muitas pessoas ficam com receio de trabalhar no local por se tratar da construção de uma UTI e têm medo de fazer algo errado. “Esses dias o médico veio explicar pro rapaz que estava fazendo como tem que ser”, disse.

Junto com a mão de obra, Dalvana diz que também precisa de telhas, argamassa, janelas, uma pia e azulejos para o acabamento da área, além de um colchão ortopédico para Erick e fraldas no tamanho M adulto. A família consegue pagar pelos armários embutidos que irão comportar os aparelhos e medicamentos, mas procura por um serviço e que caiba no orçamento da família. “Ninguém precisa doar, mas estamos procurando por um mais em conta para fazer”. Ela espera que tudo fique pronto até o final do mês.
Aparelhos estão garantidos e construção do quarto especial já está avançada. Foto: Ciciro Back“Tudo isso ajudou bastante. Tem um rapaz que doa o boton para medicação, que custa R$ 900, duas pessoas depositam dinheiro na conta do Erick todo mês e recebemos muitas doações”, conta Dalvana, agradecida.

O problema com a conta de luz, ocorrido no começo de abril, também foi resolvido. A família foi cadastrada no programa social da Copel, que ainda realizou a troca das lâmpadas da casa e da geladeira da família.

Vontade de viver

Erick continua surpreendendo com sua força e recuperação, até mesmo quando suas condições de saúde pioram bastante. Ele passou o mês de junho internado e chegou a ter diagnosticada uma infecção generalizada, devido ao seu quadro delicado e imunidade baixa. “Ele tem uma doença degenerativa. Então, a tendência é que ela evolua, mas o Erick deu uma estabilizada. Ainda assim o problema dele continua sendo o pulmão, as infecções são um risco”, observa Dalvana, que nem por um minuto deixa de dar atenção ao garoto e recebe como retribuição um grande sorriso do menino.


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Sobre o autor

Carolina Gabardo Belo

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