Qualidade x quantidade

Nas academias muitas pessoas se preocupam em demasia com a quantidade de carga que colocam nos exercícios. Motivados por companheiros ou inspirados em outras referências, frequentemente deparamos com praticantes que deixam de lado diversos aspectos relevantes na execução em nome do peso que estão utilizando.

A qualidade do programa de treinamento resistido depende de inúmeras variáveis. Nas práticas como a musculação os detalhes fazem toda diferença. A amplitude dos movimentos, a velocidade da contração muscular, os intervalos entre as séries e a postura corporal estão entre os principais fatores. Em exercícios muito pesados é comum observamos falhas significativas nesses elementos.

Cargas elevadas favorecem a realização de movimentos rápidos e curtos, o recrutamento de outros grupos musculares de modo compensatório e até mesmo modificações na própria técnica. Assim, além do maior estresse nas estruturas articulares (o que acentua o risco de lesões), há menor esforço dos músculos priorizados com o estímulo proposto, comprometendo os ganhos de força e massa muscular.

Logo, dedique-se sempre à execução correta do exercício antes de incrementar a carga! Lembre-se, ainda, que existe a possibilidade de manipular outras variáveis para dificultar seus treinos.

Vale ressaltar, contudo, que a sobrecarga gerada pelo acréscimo de pesos também é importante, desde que cumpridos os outros requisitos estabelecidos no treinamento.

Mas como sabemos se está na hora de aumentar os pesos? Uma boa dica é ter a sensação de cansaço (a famosa “queimação”) nas últimas repetições de cada série, a qual impede a continuação do exercício. Se isto não está ocorrendo, chegou o momento! Na dúvida, peça auxílio de um profissional.
Quer saber mais? Mande um email para jrbarao@gmail.com.

Voltar ao topo