Epidemia de obesidade

Em termos populacionais, vivemos no Brasil o que muitos consideram uma epidemia de obesidade. Em pouco mais de três décadas, os índices cresceram de forma acelerada. Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE, entre adultos homens, a obesidade saltou de 2,8% para 12,4%, já entre as mulheres adultas foi de 8% para 16,9%. No primeiro caso, a população de obesos praticamente quadruplicou, no segundo dobrou!

Evidências apontam que a obesidade é um dos principais fatores de risco associado a um conjunto de doenças crônicas não transmissíveis: doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer, cirrose hepática, apneia do sono, entre outras. Acredita-se que, em totalidade, tais doenças são responsáveis pela maioria das causas de morte em nosso país.

Importante destacar que estamos analisando o excesso de gordura corporal, um quadro avançado e delicado, no entanto, mais da metade da população brasileira já apresenta sobrepeso, que não tem o mesmo impacto da obesidade, mas também é preocupante.

Salvo casos patológicos e condições genéticas e de metabolismo particulares, engordamos com tamanha facilidade porque nosso organismo converte com muita eficácia o excesso de alimentos em gordura corporal. O que um dia foi um mecanismo de sobrevivência e evolução humana, em tempos de escassez alimentar, hoje se torna agenda de saúde pública!

O enfrentamento da obesidade e o posterior controle do peso corporal (algo que muitos esquecem), não são tarefas simples, mas passam obviamente por combater os baixos níveis de atividade física e o aumento na ingestão de calorias pela dieta, dois problemas da atual sociedade.

Em nossos próximos encontros tratarei do tema sob diferentes ângulos, na tentativa de ajudá-los no processo de emagrecimento, seja com fins estéticos ou na manutenção e promoção da saúde!
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