O disjuntor

Ainda estamos no outono e a cidade já está abarrotada de gente com gripe ou resfriado. Nesse festival de nariz entupido, tosse de cachorro e espirro na cara, certamente os que mais sofrem são as crianças.

O texto de hoje é sobre o atendimento da Flávia, uma menina de dois anos que chegou ao hospital em franco episódio convulsivo.

Não, não foi uma visão agradável.

Entre os gritos desesperados da mãe, descobrimos se tratar de uma convulsão causada por febre alta. Como num chuveiro no inverno, ela ficou tão quente que automaticamente seu corpo desligou o “disjuntor” para que o cérebro não fritasse. O resultado foi uma mistura assustadora de perda de consciência com violentos espasmos musculares.

A convulsão febril é mais comum em bebês, pois ainda não apresentam controle adequado de sua temperatura corporal. Por isso mesmo, os pais têm papel fundamental na prevenção de tais episódios.

Em primeiro lugar, toda casa com criança deve ter um termômetro. As mães até sabem quando seus filhos estão “quentes”, mas é importante saber o valor dessa temperatura.

O próximo passo é reduzir gentilmente a temperatura, removendo algumas peças de roupa ou então dando um banho morno. Caso ela não baixe, vale a pena usar o antitérmico, de preferência um que tenha sido prescrito por um pediatra.

Se mesmo assim a febre persistir, o ideal é procurar orientação médica. Naquele dia o plantão ficou bem quente. Mas Flavinha ficou bem e é isso o que importa.

Olha só:

Entre 37,2 e 37,8ºC: febrícula. Acima de 37,8ºC: febre.

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