Poupar para o quê?

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O economista José Roberto Afonso descreve de forma muito perspicaz a poupança que cada cidadão deveria fazer: a “poupança do medo” e a “poupança da esperança”.

A primeira, a poupança do medo, é aquela que todos devemos ter para uma emergência, para um fato inesperado, para as curvas do destino, como essa terrível pandemia. Seja uma cirurgia que o plano de saúde não cobre, seja um período desempregado, seja uma doença que nos incapacite de trabalhar, todos deveríamos ter uma reserva que nos permitisse ter renda sem trabalhar num período entre seis meses e um ano.

Todos, eu disse todos estamos sujeitos a uma emergência e não podemos esperar nada de governos, nem de Deus, porque Deus não ajuda quem não se ajuda.

Vocês devem estar se perguntando onde aplicar esse dinheiro. Pois bem, muito simples: SELIC, ou seja, comprar Letras Financeiras do Tesouro ou cotas de Fundos DI- o que é a mesma coisa- com taxas de administração ao redor de, no máximo de 0,5%. Outra opção são CDBs de bancos médios, que vão pagar algo mais que a SELIC e são garantidos até R$ 250 mil pelo Fundo Garantidor de Crédito.

Agora, a poupança da esperança é aquela para uma aposentadoria financeiramente tranquila, de não precisar trabalhar mais para realizar o sonho de viajar, de se dedicar a um hobby, de estar mais com a família, o passaporte para a liberdade.

O destino dessa poupança é, definitivamente, um Fundo de Pensão.