Nossa santa economia tem que ser mais forte

O PIB caiu. Estamos falando do Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas, bens e serviços, produzidos pelo país. O número medido no primeiro trimestre desse ano não foi bom: 0,2% negativo. O que isso significa? Que a união em prol das reformas que o Brasil precisa deve ser efetiva e de ações rápidas.

O clima ainda é de expectativa e isso se reflete na retração dos investimentos, em 1,7%. O maior erro que se pode cometer é dizer que a culpa é do governo que aí está. Isso, além de não ser verdade, atrapalha ainda mais a retomada de qualquer saída positiva.

Normalmente, dados macroeconômicos são consequência de períodos consolidados, ambientes gestados meses antes. O que estamos vivendo é fruto de anos de economia cambaleante, remediada a analgésicos, sem ataques às causas estruturais do problema.

O presidente que reuniu o maior apoio popular conseguiu se eleger. O discurso claro de ruptura com os modelos tradicionais animou mercados, mas a mítica do apóstolo São Tomé imperou. “Ver para crer” é a lei.

Empresários e investidores estão em compasso de espera. A Previdência, principal das reformas, é o gatilho principal. Com este sistema devidamente consertado, o país demonstrará pra todo mundo que terá condições de honrar com seus compromissos no futuro. Ao contrário, não terá caixa para bancar o básico daqui a dois ou três anos.

Novas regras para tributação, combinadas com um ambiente propício a investimentos e inovações, completam um pacote básico que pode se refletir em números mais animadores nos trimestres vindouros.

Mexer nessa estrutura toda é essencial pra que o Brasil suba no ranking do Banco Mundial que compara ambiente de negócios. Atualmente ocupamos a 109ª posição, entre 190 países. Uma vergonha pra quem sonha em, um dia, integrar o clube dos ricos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O relatório atual mostra que o Brasil facilitou o ambiente de negócios ao criar sistemas on-line de registro de empresas (Redesim). Foi a maior evolução entre as economias da América Latina e Caribe, mas insuficiente pra nos tirar da lanterna entre os considerados países em desenvolvimento. Este bloco é liderado por Rússia (31º) e seguido por China (46º), Índia (77º) e África do Sul (82º).

Então, amigo leitor, os desafios são grandes. Cobrar agilidade nas reformas necessárias é a missão principal de todos que querem viver num país melhor.

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