Atores do ‘Castelo Rá-Tim-Bum’ revelam curiosidades dos bastidores do programa

Foto: Diego Petri/Tribuna do Paraná

Os gêmeos e gênios mais famosos da TV brasileira dos anos 90 e 2000, Tíbio e Perônio, do Castelo Rá-Tim-Bum, foram uma das atrações principais da abertura da 24ª Shinobi Spirit, nesta sexta-feira (18).

Os atores que deram vida aos personagens, Flávio Souza e Henrique Stroeter, conversaram com o blog Não é Spoiler e revelaram origem, curiosidades e planos futuros aos personagens que marcaram uma geração.

O intérprete de Tíbio, Flávio Souza, que também é um dos criadores do programa, conta que a ideia do Castelo Rá-Tim-Bum inicialmente era para ser Rá-Tim-Bum 2. “Muita gente não sabe, mas a gente queria fazer uma nova versão do Rá-Tim-Bum com quadros que não tinham no primeiro programa”, disse o ator. “Criamos tanta coisa, e uma das ideias era sobre a história se passar dentro de um castelo onde morava um cientista. Foi aí que surgiu o Castelo Rá-Tim-Bum”, explicou.

+Leia também: No Se Joga, Monica Iozzi revela quais famosos ela gostaria de ‘pegar’; confira!

Sobre os personagens gêmeos e gênios, Souza conta que a ideia veio quando estava criando o programa Rá-Tim-Bum. Ainda sem cientistas, o quadro seria para explicar para que serviam objetos e utensílios comuns no cotidiano da vida das pessoas, como, por exemplo, pra que serve um pires?

A inspiração dos personagens veio quando Souza visitou a Estação Ciência de São Paulo, centro de difusão científica, tecnológica e cultural da USP que explora as experiências às crianças e adolescentes. Com isso, teve a ideia de fazer os personagens serem cientistas. A dupla de irmãos veio como referência nos detetives gêmeos desajeitados de As Aventuras de Tintim, Dupond e Dupont, e, por fim, a comédia de o Gordo e o Magro.

+Leia também: Quer pagar 50% na entrada do MON? Museu tem mais uma opção de meia, além das tradicionais

O intérprete de Tíbio ainda conta que tanto ele quanto Stroeter não tinham experiência no mundo da ciência e que quem fazia toda a pesquisa era uma equipe formada por pedagogos e educadores. “O programa foi criado com base no currículo pré-escolar da época, então era muito educativo, tudo que foi exibido no programa tinha auxílio de um educador”, diz.

O ator ainda revela que, no final dos anos 70, fizeram um estudo que mostrava que muitas crianças da rede pública, quando iam para o primeiro ano do ensino fundamental, chegavam despreparados. Com isso, surgiu Cata-vento e depois o Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum.

Inclusive, o ator de Tíbio explica que a única diferença entre os dois programas é que o Castelo é mais voltado para a área da arte, música, teatro.

+Leia também: ‘O Iluminado’ volta a ser exibido nos cinemas de Curitiba

Sobre se aprenderam algo durante o programa, Stroeter, ator de Perônio, disse que muita coisa, mas uma que deixou-o impressionado foi saber que peixe dorme com os olhos abertos, pois não têm pálpebras.

Outra curiosidade marcante foi que os atores só se conheceram no dia de gravação. “Eu ensaiei da minha casa e o Flávio na dele, nos conhecemos fazendo a maquiagem e só tínhamos combinado de fazer o famoso ‘Olá, Olá’”, revelou Stroeter. “Mas demos tão bem que parecíamos aqueles primos distantes que se reúne na casa do tio depois de um tempo”, finalizou rindo.

A dupla fez história fora do programa, contando histórias em teatros e participando de especial nas Olímpiadas de 2016. Se há uma possibilidade de eles voltarem, Souza foi convicto em dizer: “queremos voltar sim, nem que eu grave o programa na minha casa (risos)”. Stroeter explica que já apresentaram um projeto para a TV Cultura e estão trabalhando para que volte ao ar.

Tíbio e Perônio vieram ao Shinobi Spirit para apresentar o Prêmio Cubo de Ouro, premiação dedicada ao universo game brasileiro. O evento ainda acontece neste sábado e domingo com a presença do apresentador Yudi Tamashiro, da dubladora de Gamora, Priscila Amorim e do ator norte-americano Lochlyn Munro.

Voltar ao topo