O Nepal, o Everest, as tragédias e o ponto de vista de cada um

O que te seduz, o que te motiva a viajar ou a viver?

A mim sempre foi o desafio. A sensação de adrenalina, liberdade ou ir mais longe. Desde pequena, andava a cavalo, participava de rodeios e fiz hipismo.

O melhor disso? O incerto. A expectativa. Não é segredo pra ninguém que o cavalo é uma das minhas paixões. Talvez foi algo que herdei do meu pai. Ele mesmo diz que sim e eu até concordo. Mas gostar de aventura, esportes como o hipismo, bungee jumping, trekking não é pra qualquer um. Cada um tem uma personalidade, gosto e foi criado diferente.

Aonde eu quero chegar? Ao Nepal. Ao Everest. Ao topo do mundo!

Quando eu estava na faculdade de turismo, tive meu primeiro contato com o autor do livro “Na Natureza Selvagem”.  Ele, Jon Krakauer. O livro é uma das minhas inspirações de vida. Mas este é um assunto para outro texto. Algo especial, que merece uma descrição só pra ele.

Voltando a Jon Krakauer, gostei do autor e procurei mais livros que ele escreveu. Me deparei então com “No Ar Rarefeito”, que conta a história de uma das tragédias que ocorreram no Everest. Esta no ano de 1996.

O engraçado e ao que me refiro no título deste texto, é o ponto de vista de cada um.

Sobre a tragédia de 1996, existe outro livro “A escalada”. Que também li. Escrito, digamos que para fazer jus à versão da outra expedição, que também tentava a subida no Monte Everest naquele ano e exalta um resgate feito por Anatoli Boukreev, que também é o autor do livro, junto com o jornalista G. Weston De Walt.

Sobre os livros, deixo aqui minha sugestão para o feriado: Leia-os. Viaje de casa. Saiba como o Nepal é incrivelmente desafiador!

Eu mesma durante a leitura prometi um dia ir até lá. E tentar a investida ao Monte Everest, pelo menos até o campo-base do Everest.

Agora, a questão é o terremoto que já deixa mais de 6.000 mortos como saldo. Numa situação tão caótica e triste tem gente que ainda consegue tempo para ser irônico.

Recebi por “whats up” um texto fazendo comparação a destruição que o terremoto causou e quanto vai custar a reconstrução ao País, com o prejuízo que a Petrobrás teve. Concluindo da seguinte maneira: que é melhor um terremoto do que a administração política do Brasil.

Foto: Palani Mohan/British Red Cross

Na hora que li achei bem pensado. Que pelos números, faz sentido. Porém, vendo a desolação das pessoas, a luta delas pela sobrevivência e as crianças perdidas dos seus pais, conclui: brincadeirinha de mal gosto!

Se são muitos pensamentos sobre um único assunto. Me perdoe, pra mim é o que causa: Curiosidade, instinto e compaixão.

Em determinados momentos, não é o ponto de vista de cada um, o que nós como indivíduos e muitas vezes egoístas que somos, estamos sentindo. Se fosse assim Hitler ainda seria um heroí, mas não.

O turismo, a política e nós seres humanos não vamos a lugar algum se não aprendermos a enxergar o problema do outro.

O turismo contribui com a economia do Nepal, justamente por despertar nas pessoas sensações de “poder e conquista”. Acredito que os nativos do País já devem crescer com isso enrustido neles, por ter que se superar a cada dia. E sei que dessa vez não vai ser diferente.

Logo no começo do curso um professor meu disse: não existe cultura melhor nem pior e sim, culturas diferentes. Pra quem viaja, conhece uma nova cultura, seja ela qual for,  eu digo: aproveite a experiência. Respeite as diferenças e aprenda a ser alguém melhor. Capaz de entender o momento de cada ,um.

Aliás, um filme bom sobre descobrimento pessoal e viagens é: comer, rezar e amar (trailer abaixo).

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