Reversão da laqueadura não é tão fácil

A laqueadura é um método definitivo de contracepção, realizado pela obstrução da tuba, que liga os ovários ao útero. A cirurgia “amarra” ou secciona as trompas de Falópio (tuba), canais por onde o óvulo transita até o útero. Dessa forma, a cirurgia impede, de modo eficaz, a concepção porque o espermatozóide nunca chega ao óvulo para fecundá-lo.

Justamente pelo método ser definitivo é preciso que as mulheres realmente tenham certeza que desejam fazê-lo. Um estudo realizado durante oito anos, de 1996 a 2005, com quase 100 pacientes que procuraram o Hospital Universitário de Brasília (HUB) para fazer a reversão da laqueadura comprova que as mulheres fazem essa cirurgia muito jovens e se arrependem. Cerca de 47% delas se submeteram à esterilização na faixa de 20 a 25 anos e 35% entre 26 e 30 anos, auge da fertilidade.

A reversão da laqueadura é um procedimento mais complexo e poucos serviços do SUS o oferecem. Por meio de microcirurgia, parte da tuba uterina que foi laqueada é retirada e as duas partes restantes são religadas com agulhas e fios extremamente delicados. E atentem: o processe de reversão tem apenas 50% de chances de sucesso.

Portanto, antes de pensar nesse método é legal buscar outros procedimentos menos agressivos como a pílula, o DIU ou os anticoncepcionais injetáveis. Até porque, quando você resolve fazer a reversão para uma laqueadura os custos sobem consideravelmente. Para SUS, a laqueadura sai em média R$ 266,41 para o SUS. Junto com os custos dessa operação com medicação, anestesias e internação os gastos aumentam para cerca de R$ 2 mil. A reversão que consta na tabela do SUS como salpingoplastia sai por R$ 289,71 e, somando os outros custos, pode chegar a R$ 5 mil.

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