UFC Utica: Brasileiros prometem roubar à cena nos Estados Unidos

“Já tá querendo me aposentar?”. Aos risos, é assim que o carioca Johnny Eduardo, 37 anos, respondeu a sua primeira pergunta sobre se “ainda tem muita lenha pra queimar no MMA”. Nesta sexta-feira, a partir das 19h30 (horário de Brasília), em Utica, nos Estados Unidos, o “Pretinho” vai pra sua 40ª luta na carreira. Uma marca histórica pra alguém que ainda busca o seu espaço no maior evento de lutas do mundo.

“Foi uma semente que eu plantei lá atrás. Estou muito feliz por tudo isso. Enquanto o meu corpo aguentar, eu vou estar lá me preparando, cortando ou ganhando peso pra subir ao octógono. Ainda quero fazer muito por esse esporte e sinto que tenho potencial pra isso”, disse o carioca, que estreou no MMA com apenas 16 anos, em 1996. Na ocasião, acabou sendo derrotado por Wander Braga.

Fato que nada abalou a carreira de “Pretinho”, que logo depois encaixou uma sequência de 11 vitórias consecutivas. Muitos anos se passaram e o carioca foi estrear no UFC apenas em 2011. Logo de cara, enfrentou Raphael Assunção. Uma pedreira. Acabou sendo derrotado por decisão unânime. Depois, venceu duas, contra Jeff Curran e Eddie Wineland. A irregularidade seguiu com o revés para Aljamain Sterling, em 2015. Pretinho se recuperou no ano seguinte com o nocaute sobre Manny Gamburyan e agora tenta a reabilitação, após ter perdido para Matthew Lopez.

“A galera pode esperar uma luta completa. Sou nocauteador, mas sei lutar MMA. Estou amarradão pela oportunidade e não vejo a hora de enfiar a mão na cara dele”, destaca o brasileiro, que pega o estreante Nathaniel Wood na segunda luta do UFC Utica.

Briga de gente grande

A luta principal do UFC Utica será um confronto que pode até definir quem será o próximo desafiante ao cinturão peso-galo do Ultimate. O carioca Marlon Moraes, 30 anos, enfrenta o americano Jimmie Rivera, 28. Dois dos principais atletas da categoria, que estão de olho no campeão TJ Dillashaw.

Em entrevista à Tribuna, o brasileiro garantiu que não está preocupado com o futuro e que pensa somente no rival desta sexta-feira. “Estou preparado pra qualquer coisa. Se o UFC quiser que eu lute pelo cinturão, eu luto. Mas não estou focado nisso no momento, penso em vencer e ter uma grande performance contra o Rivera. O público pode esperar um show”, disse o carioca.