Acordar cedo e já pegar na enxada era uma rotina diária para o curitibano Rogério Bontorin em sua adolescência. Cuidar dos bichos, dar um trato na roça e sair na mão. Desde os 14 anos, Rogerinho, como é conhecido, tem alternado a vida no campo com a luta diária na academia. Hoje, com 26 anos, ele teve que deixar um pouco de lado as batalhas na zona rural de Curitiba, para entrar de cabeça no octógono.
O motivo? Um contrato com o UFC. Quer mais do que isso? A dedicação tem sido total do atleta para fazer bonito em sua estreia neste sábado (2), no card preliminar do UFC Fortaleza, no Centro de Formação Olímpica do Nordeste. “Estou numa expectativa gigante. Quero muito trazer essa vitória pra Curitiba. Tenho treinado muito pra isso. Quem me conhece sabe como sou, eu vou pra dentro, busco a luta o tempo todo”, declarou o peso-mosca, em entrevista exclusiva à Tribuna do Paraná.
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O vínculo com o UFC só foi confirmado graças ao programa Contender Series Brasil, que foi promovido pelo presidente da organização, Dana White, e deu passaportes a muitos jovens brasileiros. “O reality show foi a porta de entrada pro UFC, peguei um menino duro, minha luta foi bem disputada, mas graças a Deus consegui sair com a vitória”, ressaltou. Na ocasião, Bontorin passou pelo alagoano Gustavo Silva, após ter sofrido bastante no primeiro round e quase ter sido nocauteado.
No pontapé inicial de sua participação no Ultimate, o curitibano terá pela frente uma “pedrada”. O experiente russo Magomed Bibulatov. 30 anos, possui 14 vitórias e apenas uma derrota em sua carreira. O gringo é conhecido pelo seu poder de finalização. São cinco triunfos por meio do jiu-jitsu. “É um cara duro, coloca pra baixo, mas eu nunca peguei ninguém fácil, já estou acostumado com isso”, frisou.
A favor de Rogerinho, conta o apoio do torcedor brasileiro, que deve lotar o Centro de Formação Olímpica do Nordeste. “Com certeza os torcedores podem dar um gás pra mim. Isso influencia totalmente”, ressaltou Bontorin. Com o mesmo cartel de lutas de seu adversário, o curitibano tem mais um sonho a se concretizar após pisar no octógono de Fortaleza e sair com o braço levantado: lutar em Curitiba.
“Se Deus quiser e o UFC permitir, quero estar no card do UFC Curitiba. É o meu desejo. Quero estar inteiro, sem lesão nenhuma, pra que eu possa lutar em casa”, concluiu. A organização deve desembarcar na capital paranaense em maio, novamente na Arena da Baixada.
A Tribuna do Paraná estará na capital cearense para fazer a cobertura completa do UFC Fortaleza. Acompanhe aqui pelo blog Direto do Octógono.
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