Três fatos

1) Esquecido entre os times que estão na zona de queda, o Paraná voltou a ser notícia. Suas redes sociais veiculam uma foto do seu presidente e interventor judicial Leonardo Oliveira. Na foto o doutor está na arquibancada de um estádio da Rússia, torcendo por Senegal. Pelo o que entendi, o poderoso cartola da Vila deixa o time entre os que seriam rebaixados, viaja para ver a Copa do Mundo, com a maior parte das despesas pagas pela CBF e a outra pelo clube (salário de interventor) para gastar o tempo torcendo pelo Senegal. E o que é pior: passando dos limites das coisas, manda transformar o fato em notícia nas redes sociais. Pois se o presidente e interventor quer saber, a torcida do Paraná não gostou do fato. Foi transformado em piada. Houve um tempo que diríamos ser coisa de exibido.

2) Entre as notas em que atualiza o seu blog, Juca Kfouri estranha que há velhos caciques do futebol brasileiro que preferiram não ir ver a Copa da Rússia. Há citações específicas de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians e Marcelo Campos Filho, que durante anos foi o homem que abria e fechava os negócios de televisão no Brasil. A nota repercutiu entre os atleticanos ferozes com a permanência de Diniz, com a pergunta: Mário Celso Petraglia não viajou para a Rússia, também, pelo mesmo motivo? Juca não deu um motivo específico para o fato, mas no fundo quis e conseguiu provocar especulações. Se é o que estão pensando, digo-lhes: o dono do Atlético não tem, por enquanto, impedimento cadastral para viajar ao exterior.

3) Os dirigentes do Coritiba adotaram uma posição que pode agradar a torcida: ganharam consciência de que são inexperientes e não conhecem o futebol. Daí não terem renovado o contrato de João Paulo e já elaborado uma lista de jogadores dispensáveis. Estão ouvindo apenas o treinador Eduardo Baptista, que concordou com a vinda do volante Uillian Correia, do Vitória. Pode ser até que Baptista erre em uma ou outra indicação. Mas é um profissional que, em razão da formação pessoal, não pratica atos atendendo a sua conveniência, mas a do clube. É possível que essa decisão dos dirigentes passe a influir na reconstituição de um time que devolva o clube à primeira divisão.