O Coxa patina

Pela Segundona, em Belo Horizonte, América-MG 1×1 Coritiba.

O empate com o lanterna seria o menor dos problemas, se não fosse Rodrigão. Explico: não há normalidade quando todos os gols de um time são marcados por um único jogador. Marcar seis gols pode ser bom para Rodrigão, mas indiretamente não é bom para o Coritiba. É que essa aparente contradição, repercute diretamente nos resultados do time.

Vejam só o jogo de ontem. Dominado no primeiro tempo, o Coritiba organizou para buscar o empate e ganhar. O seu limite acabou sendo o empate, pois foi a única jogada que exigiu solução por Rodrigão. Quando precisou marcar para vencer, dependeu de Welinton Junior, que perdeu dois gols na cara do goleiro.

O Coritiba continua patinando e não chega no G4.

O tempo vai passando, Botafogo, Bragantino e Londrina vão ganhando fora. Pode faltar vaga no final.

Caso Lodi

Quando a norma da Fifa afirma que o jogador tem que atender a convocação para jogar pela seleção do seu país, o faz com tempero: a obrigação é limitada às competições oficiais.

O torneio de Toulon já foi oficial, não é mais, tanto que o critério de participação é o convite. É daquelas competições que atendem os interesses das poderosas empresas de agenciadores do mercado europeu.

Entendo que não existe impedimento para Renan Lodi voltar a jogar pelo Athletico. Dar outra interpretação à norma da Fifa é autorizar as entidades nacionais, no caso a CBF, invadirem o patrimônio dos clubes. A maior prova de que a Fifa restringe as convocações às suas competições oficiais é que esse torneio de Toulon é realizado nas férias do futebol europeu. A Europa não aceita essa intromissão.

Mas se o Athletico tem dúvida em razão da omissão da CBF em não responder o pedido de liberação, tem causa jurídica para requerê-lo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. E se não bastasse a ausência de lei específica, a própria CBF liberou tacitamente o craque ao não o inscrever para jogar em Toulon.