Eu teria praticado excessos ao escrever que o Athletico foi “surpreendentemente brilhante” na vitória, em Cochabamba, pela Libertadores? Muitos leitores não só entendem que sim, como vão além: dizem que foi escrito com emoção.
Pois lhes digo: não há excesso e nem emoção. A expressão “surpreendentemente brilhante” deve ser adotada mais no sentido de crítica. É que a surpresa tem origem no inesperado. Está posta no texto por alguém que pouco esperava e viu quase de tudo.
Lembremos. Vindo de uma sequência de cinco derrotas e dois empates, e de uma vitória simples sobre o Coritiba, sempre jogando mal, para vencer no ambiente desagradável de Cochabamba teria que surpreender. E, para isso, teria que ser brilhante, o que era fato improvável pelo que, em regra, vem jogando nesse 2020.
Não arrisco em afirmar de que o Furacão reencontrou o bom caminho. Aí sim seria excesso. O time que jogou em Cochabamba, por não ter Thiago Heleno, Nikão e Cittadini, não pode ser considerado como base. Um time que usa Lucho González como “falso 9”, improvisa em todos os sentidos. E que para vencer, no último minuto, precisa de um chute de Walter, que é o último dos reservas do ataque, e que não marcava havia dois anos, é sinal de que o “surpreendentemente brilhante” tem um fundo também de casuísmo.
Bem resumido: dentro da normalidade, o Furacão continua sendo o da sequência de derrotas e empates no Brasileirão. Esse é o que tem que tomar o rumo certo, porque do contrário, ao invés de surpreendente será um falso brilhante.
Eleições podem ser adiadas no Coritiba
Os sócios irão decidir se as eleições para a presidência do Coritiba serão agora em novembro ou em março de 2021. O pedido foi feito pelo presidente Samir Namur. Solicitou sob o pretexto de que em novembro o Brasileirão estará sendo jogado.
O argumento seria até razoável, se a verdade não fosse outra. Samir quer ser reeleito. Sabe que em novembro perde a eleição para o Coritiba Ideal. Prefere apostar que o Coxa não será rebaixado, o que poderia sensibilizar os sócios em março.