Investigação

Mistérios de segredos guardados ou de assuntos proibidos quando estão sendo afogados fogem das quatro paredes. Espalham-se por todos os cantos. Os acionistas do Manchester United formalizaram ontem na Federação Inglesa de Futebol, pedido para que seja investigado o dinheiro que lhes foi exigidos para a aquisição de jogadores, com o montante exato que chegou aos clubes vendedores. A contabilidade do Manchester pela primeira vez foi colocada em dúvida. O jornal News of the Word, de Manchester, incentiva a investigação, revelando detalhes e prometendo divulgar a rota dos euros. Coincidência ou não, a Fifa está preocupada com a inconciliável contabilidade de quem vende e de quem compra.

Até aí nada demais. Na Inglaterra (Manchester e Leeds) e na Itália (Parma, Lazio e Inter), provocada pelo Ministério Público Federal, a Justiça já mandou ou vai mandar prender.

No Brasil, o Ministério Público ouve, lê e sabe de negócios espetaculares realizados a céu aberto e fica em silêncio. Não se tem notícia de que contas de grandes negócios tenham sido prestadas aos sócios como manda o novo ordenamento jurídico. A CPI mista do Banestado esboça uma investigação com a convocação dos Perrelas do Cruzeiro. Outros serão chamados. Mas não se deve acreditar que seja séria e punitiva. Entre alguns dirigentes e alguns parlamentares de CPI, a diferença é que estes divulgam a aparência de sérios.

Visual

A contratação do colombiano Aristizábal pelo Coritiba deve ser analisada sob diversos ângulos. Por enquanto, afirmar que se trata de uma grande contratação só pelo aspecto de fato: trata-se do centroavante campeão brasileiro.

Aristizábal é inteligente, e como poucos, sabe arrumar um atalho para o gol. A sua contratação mostra a intenção de comando em avançar. Mas não vai além de um bom jogador. Com o atual time do Coritiba, pode transformar-se em uma decepção. Só que no caso, cara demais.