Ingenuidade

Já tinha escrito que ganha o Atletiba aquele time que joga mais. Apesar da mística do jogo, do fundo imponderável que lhe imprime, sempre a lógica prevalece.
O Coritiba ganhou o Atletiba (3×2) porque a obrigação de vencer o empurrou para o ataque. Nem mesmo o gol contra de Ariel o abalou, porque de imediato o próprio Ariel empatou.

O gol de Jeci e o gol de Marcinho pareciam remeter o jogo para o empate. Mas com a expulsão anterior de Alex Sandro, o Atlético, que já não marcava bem, obrigou-se a se espalhar em campo.

Daí aumentou a posse de bola dos coxas, o lado direito com Gabriel passou a ser explorado, ambientando-se o jogo pela expectativa do terceiro gol.

Foi no último minuto: o Atlético se concentrou na área, à frente de Galatto, para tirar a visão de Marcelinho. Mas esse em jogada treinada, surpreendeu, atrasando a bola para Marcos Aurélio, que, vindo de trás chutou sem chance para Galatto.

Em resumo foi assim: o Coritiba teve o campo aberto e a bola para jogar. Mas nenhuma dessas virtudes influiu tanto como a ingenuidade atleticana, que não percebeu que Marco Aurélio não estava isolado à frente da área por acaso.

O melhor em campo foi Marcelinho Paraíba porque dele originaram os gols do coxa.

Se é possível discutir o ponto de vista sobre o melhor, não o é sobre o mais fraco, ruim: Pedro Ken.