Augusto Mafuz

Furacão, um empate e um abraço

Foto: Divulgação/Athletico.

Afinal, o Furacão voltou? Um empate com o Jorge Wilstermann (Bolívia) hoje na Baixada, e, então, o Furacão irá jogar a próxima fase da Libertadores, agora, pelo mata-mata. 

Por estar acostumado nos últimos anos a viver sem susto, o torcedor atleticano foi ao ressentimento com os fracassos do time antes e pós pandemia. Depois desse tempo, com quatro vitórias em sequência, o Furacão, talvez, entre para jogar com a tranquilidade de quem conheceu e corrigiu a maioria de seus equívocos.

Classificado, entra na fase mais cômoda para quem, por enquanto, só sonha com o título da Libertadores: a partir da próxima fase, todo o resultado é lógico, e toda a vitória passa a ser um grande lucro.

De repente, assim, sonhando, acaba acordando lá frente, como em 2005. Lá, quando acordou, estava jogando a semifinal com o milionário Chivas, de Guadalajara; e, bem acordado, decidindo e só perdendo o título para a “mão grande” do São Paulo. 

Jorginho afunda o Coxa

No Nilton Santos: Fluminense 4×0 Coritiba. Confesso que à certa altura, senti pena do Coxa. Os coxas que me entendam. Pena, não no sentido de pobreza, pois há sempre uma história a protegê-lo. Pena no sentido de desamparo, na medida é retalhado a cada jogo e tudo se faz para piorá-lo. Agora mesmo anunciou a vinda de mais um Matheus, filho de Bebeto, amigo de Jorginho. 

Não é que os seus dirigentes não queiram intervir para, no mínimo, darem uma ilusão à torcida. Eles até querem e até tentam. Mas não têm capacidade para fazê-lo, entregando tudo nas mãos de Pelaipe e Jorginho.

Essa goleada serve como exemplo para ilustrar o que escrevo. Perder para o Fluminense, no Rio, é natural. Mas perder para um Fluminense infectado (8 titulares fora), e de 4 a 0, afasta a naturalidade das coisas. O time, que já é fraco, torna-se pior porque Jorginho é uma das grandes mentiras como treinador do futebol brasileiro.

Dirão que Robson perdeu um gol imperdível, o que é verdade. E que chutou duas bolas na trave, o que é correto. Mas, nada justifica que o time que estreia um jogador a cada partida, tome de quatro, contra um time reserva, não indicando nenhuma evolução com Jorginho. Ao contrário, comparado com o de Barroca, regrediu.

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