Mário Celso Petraglia precisa se decidir. Quer ser presidente do Atlético com todos os ônus, ou só quer construir a Arena?
A Construtora Triunfo S.A., da qual, também, a empresa TISA, que pertence ao grupo INEPAR é acionista, e da qual Petraglia tem uma considerável participação acionária, formalizou perante o Atlético, na última sexta-feira, a sua proposta para construir a Arena. O Dr. Carvalho, seu principal acionista, atleticano que sabe cantar por inteiro o hino do Furacão, não só corrigiu o equívoco de um funcionário (não por coincidência, ex-funcionário de Petraglia), como disse à diretoria que o seu sonho é construir o estádio. E a proposta, comparada à OAS, é bem melhor.
Por que razão Petraglia convenceu o seu ex-funcionário para retirar a proposta da Construtora Triunfo, que a TISA, que é do seu grupo, tem interesse.
Um dia desses, um grupo de empresários foi mostrar ao governador Beto Richa o projeto que está desenvolvendo para participar da terceirização do sistema “tornozeleiras”, que será implantado para monitorar presos beneficiados com medidas cautelares, uma das inovações da reforma do Código de Processo Penal.
Beto ficou desconfortável ao saber que um dos sócios da empresa, com cinco por cento, é Petraglia. O governador nunca negou que se sente em desconforto em ter que decidir situações que passam por Petraglia. É que há mágoas que, mesmo originadas de campanhas eleitorais, não desaparecem.
Será que Petraglia não se convenceu que Beto Richa é a peça fundamental da engrenagem da Copa do Mundo em Curitiba? Agora, anuncia uma reunião com Mário Celso Cunha, que se apresenta na cidade como “Secretário da Copa”. Encontro que soa como uma provocação a Beto Richa. E não soma nada, pois Cunha está sem prestígio no Palácio Iguaçu e no Atlético. Antes de mandar o povo para a rua pedir a sua volta, Petraglia precisa aparar algumas arestas.