A covardia de Autuori

O senhor Paulo Autuori é um daqueles exemplos porque no futebol exerce-se uma profissão atípica: tornou-se famoso e milionário, sem necessitar aprender a encerrar uma única ideia. Para Autuori, não há ponto final.

Se não fosse o bastante essa limitação de intelecto para tratar com o público, Autuori sempre é derrubado pela pobreza de vocabulário. É daqueles que ouve uma palavra, gosta do seu sentido, adora a sua sonoridade, e passa a usá-la de forma aleatória.

Agora, no domingo, só porque a torcida do Atlético vaiou o jogador Zé Ivaldo (e com razão), Autuori tratou-a como “covarde” e “intolerante”. E sem que fosse questionado, já foi afirmando: “Tenho as costas largas”. Autori é um pobre velho rico.

Tratar a torcida do Atlético de covarde só porque essa exerceu o direito de livre manifestação através da sua forma mais pura que é a vaia, é mostrar uma personalidade decomposta pela influência patronal.

É possível, que Autuori tenha usado a expressão “covarde” em razão das suas limitações de gramática e de intelecto. É possível afirmar que está na fase de não saber o que fala. O exemplo de covarde está dentro de si próprio. É aquele que ofende alguém porque “está de costas largas”.

Sacrifício

O Paraná cria um suspense para o seu jogo mais importante na campanha para a volta ao Brasileiro. Sem Robson, estaria correndo o risco de ficar sem Alemão, João Pedro e Renatinho.

Como repórter, passei 20 anos da minha vida no dia a dia de Coritiba e Atlético. Na época a medicina esportiva ainda era um pouco amadora, dependendo muito mais do trabalho individual do médico. Na decisão de 1972, o saudoso doutor Ballão, colocou Hidalgo para jogar. Do outro lado, o notável doutor José Francisco Schiavon, operou a mandíbula de Sérgio Lopes, colocando o “capitão” em campo.

Há momentos no futebol que é preciso um pouco de ideal. Hoje o Paraná não pode dispensar o sacrifício dos jogadores. No fundo, eles é que fazem questão de jogar.