O Atlético é o líder e joga contra o tradicional Iraty. No entanto, o jogo mais importante da rodada é Coritiba x Malutrom, hoje, no Couto Pereira. São as situações contraditórias, que mudam o conceito da lógica e da coerência no futebol.
É que mais do que um jogo, o Coritiba joga a sua crise. Sabe-se que um outro fracasso (e um empate alcança este conceito) não poderá ser tratado com a harmonia e a naturalidade como foi a goleada histórica, por 4 a 1,em Lima. O jogo que seria absolutamente comum tornou-se um cavalo de batalha: uma coisa é administrar fracassos visto pela televisão, outra é administrar derrotas com a torcida presente. O ambiente de desagrado que se cria influencia no espírito de quem está obrigado a decidir.
O mais grave é que eventual reparo não irá afastar-se do treinador Antonio Lopes. Culpado ou não, dá-se aos seus erros maior valor para os equívocos de avaliação individual que se fez dos jogadores pela comissão técnica. O Malutrom é jovem, mas não é ingênuo. De repente, a obrigação do Coritiba fica pesada demais para ser hoje cumprida.
Atlético
Em Irati, amanhã, jogará o Atlético, já classificado como líder. As dificuldades que terá serão as de jogar na casa adversária. Nada mais do que isso, daí o seu favoritismo.
Manter a base do time a partir do meio campo, permite a Mário Sérgio não alterar o projeto de jogo. Em conseqüência, o balanço entre as funções equilibra-se, indicando a tendência do time voltar a jogar bem.
A partir do jogo de hoje, Ilan terá que jogar mais. É que Dagoberto obrigatoriamente terá o seu lugar de volta e Washington a cada jogo vai readquirir a forma. E em forma, em condições normais, entre Ilan e Washington, este fica com o lugar. A não ser que com a volta de Dagoberto, Mário contrarie os seus princípios táticos e escale três atacantes.
Paraná
No Pinheirão, o Paraná joga contra o Rio Branco. Presume-se que tranqüilo, pois pior do que está é impossível ficar. Como analisar um time que a cada dia recebe um novo jogador, sempre em condição do risco de acertar? Por isso, do Paraná, escrever mais do que quatro linhas, é enganar o seu torcedor.