Bruxas

Pelo menos uma vez na vida, já ouvimos alguém falar que não crê em bruxas, mas que elas existem, existem. As coisas no Atlético afastaram-se tanto da normalidade, que já é necessário armar-se contra sobressaltos e surpresas extraordinárias.

Não sei se o Fluminense é uma bruxa, mas tem jeito. Chega desengonçado, mutilado e quase rebaixado para jogar na Arena. Resgata Renato Gaúcho, como se bruxa fosse e estivesse recuperando a bengala perdida.

Não se deve temer pelo Fluminense. Seu time não perde tanto por casuísmo. Perde porque é frágil pela inexperiência e falta de qualidade da renovação. Deve se temer pelo Atlético. Com os nervos, os ossos e técnica em frangalhos pela vergonhosa falta de planejamento do futebol do clube, os atleticanos tornaram-se imprevisíveis. São capazes de fazer um grande jogo, mas não será surpresa serem vulneráveis aos mais elementares princípios de técnica para se ganhar um jogo.

Mário Sérgio faz segredo. Se Fernandinho e Jadson começarem o jogo, as coisas não se tornariam tão difíceis. Eventuais bruxas seriam abatidas já no primeiro tempo. Duro será começar outra vez com Fabrício, Alessandro e Ivan. São os que, às vezes, fazem crer que as bruxas existem.

Perigo

Joguinho bom para os coxas esse de Campinas, contra o Guarani. O Bugre já foi de exigir maior respeito. Deixou de sê-lo a partir de renovar o time sem cuidar da qualidade. O respeito que se oferece ao adversário, em qualquer circunstância, tem estar no limite do natural. Fora dele, despersonaliza o time. Por isso, não se distanciando das suas características normais, o Coritiba é o favorito e deve vencer. O que não pode é repetir a falta de ambição ofensiva, que quase lhe custou a vitória sobre o Paysandu.

Reação

Vejam só como o povo precisa de proteção contra as atitudes arbitrarias dos dirigentes. Bastou que eu fizesse uma crítica ao valor de 60 reais pela arquibancada para o jogo do Brasil, para que os torcedores se manifestassem.

Não adianta escrever-me. Vão atrás do Algaci Túlio, no Procon.