Opinião

Eleições: excesso de candidatos desmoraliza o Coritiba

Coritiba tem eleições marcadas em 2020. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Gazeta do Povo

A grande depressão econômica ainda está por vir, mas os coxas-brancas já têm três candidatos à presidente nas eleições de novembro. Isso sem descartar o direito do G-5 que Samir Namur comanda de pretender a reeleição.   

Nos tempos do velho “Glorioso”, esse fato era uma prova da grandeza do clube. Agora o fato, como vem ocorrendo já há alguns anos, torna-se temerário, ganhando características de aventura de irresponsáveis.

Na medida em que a condição para Namur buscar a reeleição é o critério de campo, entendo que ele próprio renunciaria ao direito de concorrer. Enquanto o Coritiba não imprimir um projeto que restaure a sua estrutura material, econômica e financeira, não pode ter esperança. O imediatismo da vitória no campo neutraliza qualquer proposta séria de futuro para o clube. 

Isso quer dizer que a simples manifestação casual, portanto, aleatória, da vontade de ser candidato, soa como temerária. É que por menor expressão e relevância que tenha, sempre implica na oposição a projetos sérios e definitivos para a recuperação do Coritiba. 

Já escrevi certa vez que o Coritiba terá nas próximas eleições de parar de viver do passado. O grupo “Coritiba Ideal” está colocando à disposição da instituição coxas com obrigações de berço como Renato Follador, Juarez Moraes, Guilherme Prosdócimo, Henrique Ballão e Geninho Thomé, entre outros. A esperança não está no nome, no sobrenome, ou no saldo bancário, mas na capacidade de pensar grande e executar o que pensa.

E, esse grupo, também, só será importante, se não cair na vala comum de cartola, que é ganhar em campo custe o que custar. Um projeto no Coritiba só dará certo se os dirigentes não forem reféns da arquibancada.

O que os coxas não podem é permitir a transformação dos cargos de comando em algo especulativo. Quando há três ou quatro candidatos à presidência, é sinal de que alguma coisa não está indo bem. Desmoraliza o próprio clube.

Emocionante

Quando a história é contada com lealdade os fatos e sem rancor, a sua beleza fica escancarada. Quem não viu, veja “Quatro Ventos” no site oficial do Furacão. É uma obra prima, uma arte, um espetáculo que acaba fazendo com que a emoção saia do nosso interior.