Andando, o Furacão ganha

Athletico ganhou do Botafogo com facilidade, sem precisar se esforçar. Foto: Albari Rosa

Na Baixada, pelo Brasileirão, o Furacão até entrou com o ânimo de correr, marcar e jogar. No entanto, logo de início ganhou a consciência de que não precisava mais do que andar com a bola. E não se diga que entrou com a soberba que às vezes domina os eleitos, que em razão de objetivo conquistado limitam a obrigação no cumprimento de tabela.

É que o Botafogo é de uma indigência técnica que o Athletico impôs a sua supremacia sem precisar ir além de um caminhar. Ganhou de 1×0 – mas é possível afirmar que, se fosse obrigado, faria um saco de gols.

O jogo já era para ser resolvido no primeiro tempo. Mas aí Marcelo Cirino chutou para fora um pênalti. Logo, aos 13 minutos do segundo tempo, o incrível Rony passou pela zaga carioca, e lançou Thonny Anderson, que venceu o goleiro Diego Cavalieri. Era para sair o segundo gol, o de Thiago Heleno, mas a falta de lucidez colocou Marcelo Cirino em impedimento.

O Athlético continuou andando em campo.

Mas, ainda, que parasse, teria ganho o jogo.

O menino Khellven foi o melhor em campo.

De todos, é o melhor lateral-direito do Furacão.

Marcelo Cirino vai jogar na China.

Que vá com Deus.

Cumprindo obrigação

Aos trancos, o Coritiba vai se mantendo entre os que serão eleitos para jogar o Brasileirão de 2020. Com o bom Giovanni, arrumou a única bola que teve para que William Matheus fizesse o gol da vitória sobre o fraco Oeste, 1×0.

Quando escrevo que venceu aos trancos, não quero diminuir a importância da vitória coxa. É a única expressão que se pode usar para explicar uma vitória nessa Segundona, que é a com o pior nível técnico de todos os tempos. Aos trancos pode ter qualquer significado, desde que cumpra obrigação de vencer.

O olhar do bom senso, que relativa a obrigação, sugere que o Coxa jogue muito mais contra o Bragantino. Se o limite que pode alcançar é esse que jogou no sábado, então tem que jogar, também, com a desgraça dos outros.