A taxa Selic subiu novamente (12,75%a.a.). E agora, o que acontece?

Imagem do Banco Central do Brasil

As pessoas sempre me questionam nas redes sociais do Amigo de Negócios, e nas mentorias financeiras, o que significa a alta da Selic. Afinal, quando isso acontece sempre há um grande destaque na mídia como um todo.

O país está um caos devido a Macroeconomia. Nossa inflação não para de subir e a previsão não é das melhores para os próximos dias. Tudo isso acarreta na alta dos juros.

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Existe um órgão, um Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reúnem a cada 45 (quarta e cinco) dias para discutir as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros do país.

Atualmente o IPCA (índice que mede a inflação do país) está em 1,62% a.m., ou seja, altíssima, a maior dos últimos 29 anos (desde 1993). Para conter esta alta, o COPOM eleva a taxa básica de juros, a taxa Selic, para tentar conter/frear a inflação. O objetivo é que com as taxas altas diminua o consumo e em consequência disso aconteça o movimento de baixa dos preços dos produtos, controlando assim a inflação.

Estamos na décima alta de juros seguida, e nas últimas tentativas o efeito desta ação foi muito tímido, por isso acredita-se que a taxa ainda deve chegar aos 13,25% ou 13,50%.

E com isso vem o seguinte questionamento. “O que tudo isso acarreta no meu dia a dia?”

1º) Com a taxa de juros alta os investimentos em renda fixa, especialmente o Tesouro Selic, fica mais atrativo; logo, as pessoas retiram o dinheiro da renda variável (por exemplo Bolsa de Valores), devido ao custo alto de oportunidade em contrapartida ao ganho de segurança optando por renda fixa.

2º) A alta de juros não é nada bom para um país, pois desestimula quem gera maior riqueza e emprego (empreendedores/empresários). Quando aumenta a taxa de juros a economia começa a girar mais lenta, ou seja, o empresário deixa de investir na sua empresa, em novos cargos ou expansão. A opção do empresário, como de todos, vira a renda fixa, isto porque com a insegurança econômica novos projetos precisam rentabilizar muito mais para compensar o risco.

3º) Com a alta dos juros fica mais caro tomar um empréstimo do banco. Os juros do cartão de crédito, cheque especial ou até mesmo financiamento ficam muito mais caros. Teoricamente isso desestimula o consumo.

4º) Como mencionei anteriormente, o COPOM está tentando, com essa ação, diminuir a inflação que está descontrolada. Com a alta dos juros deve diminui o consumo, por consequência devem baixar os preços dos produtos e serviços.

E eu, o que devo fazer com tudo isso? Diversificar suas aplicações!

  • Olhar com carinho para os investimentos de renda fixa, como o Tesouro Selic atrelado a taxa Selic, CDBs e demais investimentos atrelados ao CDI, entre outros.
  • Os FIIs (Fundo Imobiliários) são boas oportunidades também, principalmente porque tende a ficar mais baratos agora, mas a rentabilidade deve ser mantida.

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O conhecimento faz toda diferença para você abrir os olhos às grandes oportunidades.

Meu nome é Marlon Roza, sou seu Amigo de Negócios.