Vantagens sem fim

amamentacao110707.jpgPara as mamães está cada vez mais difícil conciliar estudo ou trabalho com amamentação. Todas sabem a importância de amamentar seus filhos por no mínimo seis meses, porém muitas vezes as mães enfrentam diversos problemas, como conflitos de horário ou falta de apoio na empresa onde trabalha, mesmo amparadas por uma lei trabalhista que diz que ?as mães de recém-nascidos têm direito a dois intervalos de meia hora, durante a jornada de trabalho, para amamentação, até que a criança complete seis meses de idade?. É necessário que a mãe realmente sinta-se motivada e acredite que amamentar é a melhor opção, sem se culpar em ter que se separar de seu filho para estudar ou garantir o sustento da casa.

?Durante os seis primeiros meses, o leite é tudo o que a criança precisa para crescer com saúde?, reforça a nutricionista Vanessa Davies, salientando que após essa fase, ela deve continuar mamando até os dois anos ou mais, além de consumir a comida do dia-a-dia da família. Nesses meses, as mães não precisam se preocupar em dar água ou chá aos filhos, por achar que eles sentirão sede. Oitenta por cento do leite materno é composto de água. Todos os nutrientes estão ali. A criança não necessita nem mesmo de água.

O leite materno também pode evitar que, no futuro, a criança venha a sofrer diversos problemas de saúde. Como fez a bancária Kátia Rodrigues Miranda que, apesar de trabalhar fora, conseguiu manter até quase os três anos a mamada da manhã e da noite de sua filha. ?Fiz isso não só pela qualidade nutricional do leite materno, mas também por considerar a amamentação um vínculo afetivo muito importante para a mãe e seu filho?, diz a mãe de Janaína.

Desmame

Conforme a nutricionista, o benefício da amamentação vale por toda a vida. Crianças que mamam têm menos risco de sofrer de doenças respiratórias, infecções urinárias ou diarréias, problemas que podem levar à internação e até à morte. O bebê amamentado corretamente terá menos chance de desenvolver diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Para as mulheres, o ato também traz benefícios, como reduzir o sangramento após o parto e diminuir a incidência de anemia, de câncer de mama e ovário e também a osteoporose.

Não há uma data marcada no calendário para desmamar o bebê. Conforme especialistas, o ideal é que dos seis meses em diante ocorra a introdução dos alimentos, sem que a mãe deixe de oferecer o leite materno. A amamentação poderá ser prolongada até os dois anos ou mais, se assim for o desejo da mãe e de seu bebê. Nessa transição, outros alimentos deverão entrar no cardápio do bebê lentamente. E mesmo a mãe que trabalha fora poderá conseguir isso, desde que armazene seu leite antes de ir para o trabalho e/ou nos intervalos da atividade profissional, amamentando livremente no restante do tempo que estiver com seu filho.

Todas as mulheres podem recorrer aos bancos de leite humano, que contam com uma equipe de profissionais treinados para orientar gestantes e mães. Além disso, os bancos coletam leite humano para atender principalmente a demanda de recém-nascidos internados que dependem dele para sobreviver. ?São momentos de emergência em que, por razões clínicas, a mãe está provisória ou definitivamente impedida de amamentar, a mãe fica estressada por conta da situação e não produz leite?, explica João Aprígio Guerra, coordenador da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano.

Benefícios para o bebê…

* Menor risco de adoecer.

* Melhor desenvolvimento psicomotor e social.

* Contém todos os nutrientes necessários aos seis primeiros meses de vida.

* Contém proteína, gordura, vitaminas, sais, cálcio, fósforo e ferro na quantidade certa e suficiente.

* É de fácil digestão e absorção, por isso as mamadas em intervalos menores.

* Menor risco de obesidade na vida adulta.

* Diminui a incidência de cáries

* Menor risco de desenvolver alergias e infecções. > Maior desenvolvimento da fala, respiração e deglutição.

… e para a mamãe também

* A mãe que amamenta se sente mais segura, confiante e menos ansiosa.

* Proporciona mais rapidez na diminuição do volume do útero, evitando a hemorragia no pós-parto.

* Menos risco de contrair câncer de mama, útero e ovário.

* Protege contra anemia (deficiência de ferro) da mãe.

* Aumenta o intervalo entre as gestações.

* Emagrece.

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