Vacina contra varicela está disponível

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta as pessoas com a imunidade comprometida a tomarem a vacina contra a varicela, que é uma doença típica da época de primavera. Fazem parte do grupo de imunocomprometidos as pessoas com neoplasias, as soropositivas e os transplantados. Também devem tomar a vacina profissionais de saúde que convivem com pacientes e recém-nascidos de mães que contraíram a doença nos últimos cinco dias de gestação. A doença é viral, transmitida através do contato direto ou das secreções respiratórias.

No Paraná, a vacina está disponível na rede pública nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais, um em Curitiba e outro em Londrina. Em Curitiba a referência é o Centro Regional de Especialidades da Rua Barão do Rio Branco (CRE-Barão) e, em Londrina, o Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Quando pessoas de outros municípios necessitam de vacinas, as doses são encaminhadas às regionais de saúde através do Programa Estadual de Imunizações da secretaria.

As pessoas que não fazem parte do grupo de imunocomprometidos devem prevenir a varicela evitando o contato direto com os doentes. Como ela atinge principalmente crianças que estão em fase escolar, as 22 Regionais de Saúde do Estado começaram nesta semana uma campanha de orientação a professores e pais para que verifiquem se as crianças apresentam os sintomas característicos, como febre e bolhas espalhadas pelo corpo. “Em caso de suspeita, os pais devem levar a criança a um serviço de saúde e ela deve ser afastada da escola para não passar para os colegas”, reforça Míriam Woiski, coordenadora do Departamento de Doenças Imunopreveníveis da Sesa. As crianças podem retornar à escola no 6.º dia após o aparecimento das manchas na pele.

A varicela atinge principalmente crianças menores de 10 anos. Apesar de não trazer complicações sérias ao organismo, são necessários cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos e manter as unhas do doente curtas para evitar ferimentos e infecções, além da desinfecção dos objetos utilizados pelo paciente. Outro cuidado que os pais devem ter é em relação à medicação.

“Como a varicela não possui um tratamento específico, só sintomático, os pais devem tomar cuidado para não dar nenhum medicamento que contenha ácido acetil salicílico à criança, pois pode causar a Síndrome de Reye”, explica Miriam.

A Síndrome de Reye pode ocorrer em qualquer idade, mas afeta especialmente crianças. Afeta todos os órgãos do corpo, mas é mais prejudicial ao cérebro e ao fígado. Pode causar um aumento de pressão no cérebro e, freqüentemente, acúmulo de gordura nos demais órgãos. Os principais sintomas são vômitos persistentes e contínuos, perda de ânimo e energia, sonolência, desorientação (incapacidade de identificar os membros da família), delírio e convulsões.

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