Saúde não se compra na farmácia

Uma grande parte de enfermidades podem ser prevenidas e curadas, sem a necessidade de medicamentos convencionais ou cirurgia. Nosso corpo foi criado para viver bem segundo leis constantes e imutáveis. Se cooperarmos com a  atureza, ela fará o melhor trabalho possível, seja quanto ao aspecto físico ou mental.

No estudo da fisiologia humana encontramos maravilhosos mecanismos de ação e recuperação da saúde. É importante compreender isto e colaborar. Praticando princípios de saúde simples, como o exercício físico, uso da água pura por dentro e por fora do corpo, alimentação saudável, desenvolvimento das relações afetivas e espirituais, uma grande parte de enfermidades podem ser prevenidas e curadas, sem a necessidade de medicamentos convencionais ou cirurgia.

Dr. Dean Ornish, cardiologista da Universidade de São Francisco, Califórnia, provou que pacientes com doença cardíaca coronariana (entupimento das artérias do coração), quando submetidos à prática de exercícios físicos, dieta vegetariana, programa de redução do estresse, grupos de apoio emocional e melhora nas relações de afeto, tiveram a redução da placa de gordura nas artérias.

Isto foi um resultado espetacular, porque se constatou a existência de uma alternativa para o que a medicina convencional recomendada que é a cirurgia cardíaca, seja para fazer a ponte de safena, mamária, radial, (indicada, é verdade, em casos graves) ou a colocação de uma mola para abrir a artéria e possibilitar a passagem do sangue. Mas se o paciente após a cirurgia cardíaca permanecer com o mesmo estilo de vida que favoreceu a doença, ela deverá voltar.

Quando se tenta combater enfermidades somente com medicamentos e/ou cirurgia, sem mudança do estilo de vida, é um risco de perpetuar a doença e até criar outros problemas devido aos efeitos colaterais dos remédios. Um exemplo pode ser sobre o uso de antibióticos que são drogas poderosas e têm prevenido muitas mortes, sem dúvida. Entretanto, o uso indiscriminado ou abusivo deles tem causado mais problemas na medicina.

Há uma bactéria muito difícil de ser tratada é o Clostridium difficile. Geralmente ela produz colites (infecções intestinais) como efeito colateral do uso de antibióticos. Dr. Gregory W. Rutecki, Diretor de Educação Médica e Professor da Ohio State University em Columbus e da Wright State University em Dayton, Ohio, comenta sobre um paciente que usou por uma semana um antibiótico, desenvolvendo como efeito colateral uma colite por C. difficile, necessitando de 12 litros de fluído de ressuscitação e uma colectomia total (retirada total do intestino) devido ao efeito secundário do antibiótico.

Estudos mostram que colectomias e mortes por infecção por esta bactéria C. difficile têm crescido 5 vezes mais em uma década. Rutecki comenta que esta bactéria não é somente a que mais atinge as pessoas, como de efeitos mais severos no corpo. Num estudo, diz ele, 25 em cada 100 pacientes hospitalizados sem malignidade hematológica e com glóbulos brancos acima de 30 mil/µL tiveram infecção por esta bactéria.