Proteger a pele contra os males do sol é fundamental

Oficialmente, o verão começa no dia 21 de dezembro, mas na prática, uma boa parte do País já enfrenta os dias ensolarados e temperaturas em elevação. A estação do ano mais esperada pelos brasileiros faz com que se inicie uma corrida às praias de nosso litoral. Porém, o verão não traz só momentos de descontração e lazer. Traz também muitas armadilhas para a saúde, principalmente com a pele. Antes que o termômetro suba ainda mais, os dermatologistas dão a dica: é necessário se proteger do sol, prevenindo, assim, não só o câncer de pele, mas também o envelhecimento precoce.

O conselho vale para todas as idades, mas principalmente para quem tem até 20 anos. Segundo o dermatologista João Carlos Batista, 70% a 80% dos efeitos maléficos do sol são produzidos nas primeiras décadas de vida. Mas eles só vão aparecer depois dos 40 anos, quando a pele perde a elasticidade, o viço e começam a surgir os sinais do envelhecimento. Na verdade, os efeitos do sol são cumulativos e, mesmo que ainda não possam ser vistos, já estão lá, determinando como será a pele da pessoa no futuro.

Fotoprotetores

Denise Steiner, doutora em dermatologia, recomenda que, ao primeiro sinal de manchas na pele, devido à exposição exagerada ao sol, a pessoa deve procurar auxílio especializado. ?A boa notícia é que, para tratá-las, a indústria farmacêutica vem disponibilizando produtos mais eficazes?, reconhece. Hoje, existem novos conhecimentos que tornam os cuidados ainda mais importantes. Com efeito, os especialistas têm alertado para a existência de uma relação íntima entre as radiações e o melanoma maligno, a forma mais grave de câncer da pele.

Apesar disso, muitas pessoas ainda associam a pele bronzeada com boa saúde e vitalidade. Mas, na verdade, o organismo só necessita de uma pequena quantidade de luz solar para produzir toda a vitamina D de que o corpo precisa. ?As nossas necessidades reais de exposição à luz do sol são muito inferiores ao tempo médio que as pessoas estão acostumadas a ficar expostas ao sol sem proteção?, garante o dermatologista Ronaldo Móbius.

Não são somente as pessoas que vão tirar férias, viajar ou freqüentar as praias que necessitam de cuidados com a pele. Trabalhadores que vivem em contato diário com o sol, como carteiros, trabalhadores rurais e jardineiros, entre outros, também devem usar algum tipo de proteção. Denise Steiner reconhece que nem sempre isso é possível. Como dificilmente alguém costuma usar sombrinhas, chapéus, roupas que cubram do decote até os punhos e tornozelos, o uso de fotoprotetores é fundamental.

O filtro não é bloqueador

A principal arma para proteger a pele é o filtro solar. Como cada tipo de pele pede um grau maior ou menor de proteção, é preciso ficar atento e não dispensar o filtro. Isso serve, também, para os dias nublados. Só que os fotoprotetores devem ser usados da maneira certa. O uso incorreto faz com que as pessoas sintam uma falsa proteção e acabem se expondo mais aos perigos do sol do que as pessoas que não usam o filtro.

NÃO ESQUEÇA

– Para a maioria das pessoas, o fator de proteção solar 15 é suficiente.

– No rótulo do produto deve conter a indicação ?proteção contra raios UVA e UVB?.

– O filtro deve ser aplicado sobre a pele limpa e seca e reaplicado a cada duas horas para manter a proteção.

– O uso de chapéu ou boné não deve ser descartado.

– Camisetas ajudam a impedir a passagem do sol.

– Evite longos períodos sob o sol, mesmo com proteção.

SINAL DE ALERTA

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, alguns sinais podem detectar precocemente o câncer de pele.

– Manchas que coçam, ardem, escamam ou sagram.

– Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor.

– Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

– Mudança na textura da pele ou dor.

– Em caso de suspeita, procure logo um médico. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores as chances de cura.

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