População de Curitiba avalia seu estado de saúde

No Brasil, o consumo regular de frutas e hortaliças é baixo. Apenas 17,7% da população ingere diariamente as cinco porções destes alimentos, cinco ou mais dias por semana, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde – OMS como receita para a boa saúde. Carnes com excesso de gorduras são consumidas com freqüência por 32,8% da população e 29% dos adultos não praticam qualquer atividade física. E, ainda, um total de 43,4% da população adulta está com excesso de peso (índice de massa corporal igual ou maior a 25). Os dados são revelados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel, parceria do Ministério da Saúde com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo. O estudo traça um perfil dos hábitos relacionados à saúde dos brasileiros adultos com 18 anos ou mais. 

Em Curitiba, a situação não é muito diferente da média nacional. Apenas 17,2% da população consome a quantidade recomendada de frutas, legumes e verduras, 37% se alimentam de carnes com excesso de gordura e 27,7% é sedentária. O estudo aponta que 44,9% da população entrevistada está acima do peso e 13,6% obesa. E mais que 60,3% consomem leite integral e 17,9% dos moradores de Curitiba são fumantes.

No quesito prevenção, os dados já são bem melhores: na capital paranaense, 75,4% das mulheres realizaram mamografia nos últimos dois anos e o percentual de mulheres que fizeram o exame papanicolau (preventivo do câncer de colo de útero) ao menos uma vez nos últimos três anos foi de 86,5%. Por outro lado, 56% da população referiu não utilizar proteção solar contra a radiação ultravioleta.

O estudo é feito anualmente desde 2006, nas capitais dos 26 estados do país e Distrito Federal. “Estamos construindo parâmetros para o monitoramento dos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis. A idéia é que os dados coletados orientem as políticas públicas de promoção à saúde e prevenção de doenças não transmissíveis”, explica a coordenadora do Vigitel, Deborah Carvalho Malta.

Foram feitas em aproximadamente 54 mil entrevistas telefônicas, com um mínimo de 2 mil indivíduos adultos (18 ou mais anos de idade) em cada capital, além do Distrito Federal. A amostragem foi realizada a partir de cadastros das linhas residenciais fixas de cada cidade e sorteio de um morador por linha para ser entrevistado.

Para a análise dos dados foram utilizados fatores de ponderação que igualam a composição sócio-demográfica da amostra em cada cidade àquela observada no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000. Com isto, todas as faixas etárias, de sexo e escolaridade estão representadas, conforme a distribuição populacional do Brasil.

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