Os riscos da automedicação

Desde os tempos de Hipócrates a automedicação já se fazia presente no que diz respeito às doenças reumáticas. Em meados de 400 a.C, o ?pai da medicina? já chamava a atenção para a automedicação. As sangrias, ervas e poções milagrosas não eram bem vistas para o tratamento das doenças reumáticas. No entanto, mesmo com todo o avanço da Medicina a prática de escutar o vizinho, o balconista da farmácia, compadres e até curandeiros continua mais atual do que nunca. Sempre existe alguém que dizendo que ?este remédio foi ótimo para mim, por que você não usa também??. Segundo o reumatologista Roberto A. Carneiro, essa aceitação é temerária, visto que a medicação feita por vontade própria ou preconizada por leigos pode trazer problemas sérios para a saúde das pessoas.

As doenças reumáticas exigem importantes cuidados, pois atingem mais de 15 milhões de brasileiros, sendo nos países desenvolvidos o grupo de enfermidades mais freqüente no ser humano. A doença reumática é uma doença caracteristicamente crônica, que contempla longos períodos de melhora e significativos períodos de piora. Os tipos mais comum de reumatismo no Brasil são a artrite, artrose, a tendinite, gota, as dores na coluna e a osteoporose. As doenças reumáticas fazem parte constante na vida dos brasileiros e nem todos procuram os médicos quando as crises se agravam. Esses pacientes, sem acesso médico, quando sentem dores, percebem as articulações inchadas, quente ou avermelhadas, muitas vezes acabam se automedicando, o que pode ser muito prejudicial à saúde, pois, diferente dos médicos, os leigos não sabem dos efeitos colaterais que os medicamentos mal utilizados podem acarretar.

Roberto Carneiro lembra que as drogas antiinflamatórias de potência anti-reumática só podem ser prescritas pelo médico que já conhece seus efeitos. A automedicação pode causar sérias lesões no fígado, nos rins, na medula do osso e em outros órgãos, trazendo complicações graves se ingeridas sem o conhecimento do médico.

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