Obesidade infantil atinge 10% das crianças no mundo

Dr. Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) abordou o tema Nutrição – Obesidade em Pediatria – Tratamento Dietoterápico e Farmacoterápico, durante o 32.º Congresso Brasileiro de Pediatria e 10º Congresso Paulista de Pediatria, realizado em São Paulo, no ITM EXPO.

Atualmente, uma das grandes preocupações dos especialistas é com o crescimento da obesidade entre crianças e adolescentes. Estudos indicam que o excesso de peso já é hoje um problema para 1/3 da população infantil do país. Estima-se também que 2/3 dos adolescentes e crianças obesas serão também adultos obesos, se não recorrerem a tratamentos para redução do peso corporal. As atenções estão voltadas, inclusive, para os produtos comercializados nas cantinas dos colégios brasileiros, no esforço de sensibilizar sobre a importância do consumo de alimentos mais saudáveis ? como sucos naturais, frutas e iogurtes, em detrimento de salgadinhos e refrigerantes.

A obesidade infantil pode ser genética ou por vários outros motivos. Mas de qualquer forma os pais têm grande responsabilidade na alimentação dos filhos. Alguns transformam o momento das refeições em “sessões de tortura”, tanto para as crianças quanto para eles mesmos. Resultado: conseqüências sérias que chegam até a traumas importantes.

A obesidade infantil inicia-se na faixa pré-escolar, de 2 a 6 anos, e os índices comprovam que de 4 a 10% das crianças, de todo mundo, estão apresentando excesso de peso. “No Brasil 40% da população adulta está com excesso de peso, o que é muito preocupante, uma vez quando os pais são obesos, há 80% de chances de os filhos serem obesos, quando apenas um dos pais é obeso, a chance é de 50% e quando os pais não são obesos a chance é de apenas 9%”, explica Dr. Durval.

“A obesidade infantil resulta em danos que vão além do estético, afeta o desempenho intelectual e social da criança, além de ter grande probabilidade de se tornar um adulto com problemas de hipertensão, acidente vasculares, doenças coronarianas, entre outras. Por tudo isso, nosso objetivo é alertar e tratar a família e não apenas o filho obeso”, completa Dr. Durval.

A solução em sua maioria, está aumentar a atividade física, aumentar o consumo de frutas e a redução calórica das refeições, colocando limites dentro da alimentação inadequada. “Apesar do avanço da medicina, o nosso maior desafio, hoje, é modificar hábitos comportamentais da família, no qual o pai e a mãe trabalham fora, e a alimentação é mais rápida, calórica, regada de congelados e “junke foods”, acompanhada por muita televisão. Tudo isso é o culto ao sedentarismo e a obesidade infantil”, explica Dr. Durval Ribas Filho, presidente da ABRAN.

A ABRAN ? Associação Brasileira de Nutrologia atua há mais de 30 anos no país e é presidida pelo Dr. Durval Ribas Filho. A entidade está sediada em Catanduva(interior paulista) e reúne 2.200 afiliados. (www.abdnutrologia.com.br)

A Nutrologia foi reconhecida em 1978 como especialidade médica pela Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM). Dedica-se ao estudo de nutrientes dos alimentos que podem ser decisivos na prevenção e no tratamento da maior parte das doenças que afetam o ser humano.

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