No carnaval, além da Aids, cuidado com a Hepatite B

O carnaval brasileiro é regado de muita folia e sensualidade. Porém, por trás de toda essa alegria, existe o fantasma das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). A Hepatite B tem se destacado como uma das DSTs que mais preocupa especialistas de todo o mundo. O grande problema é que, apesar de toda a mobilização que se faz para a prevenção das DSTs, o número de casos de Hepatite B não cai.

A conclusão dos especialistas é de que a desinformação potencializa o aumento do contágio da doença. Atualmente, 2 milhões de brasileiros já tiveram contato com o vírus da Hepatite B. Pesquisa do Instituto de Infectologia Emílio Ribas mostra que 76% dos habitantes da cidade de São Paulo, uma das maiores capitais do País, não sabem o que é e como se dá a contaminação com os vírus das Hepatites, principalmente o contágio sexual da Hepatite B.

Para discutir o problema das Hepatites e melhorar a assistência aos portadores da doença, o Ministério da Saúde pretende lançar em fevereiro um Plano Nacional de Controle das Hepatites Virais. Por ser 20 vezes mais contagiosa do que a AIDS e silenciosa (sem apresentação de sintomas), a doença é diagnosticada na maioria das vezes em sua fase crônica, podendo causar sérios danos ao organismo, como cirrose e câncer de fígado. O diagnóstico e o tratamento tardios da Hepatite B podem levar os pacientes a filas de transplante e à difícil luta por um órgão.

Os problemas do desconhecimento da doença e da subnotificação são gritantes e têm contribuído para o agravamento do quadro da doença e até para a morte de pacientes. Hoje, estima-se que cerca de 300 mil pessoas necessitem de tratamento, mas apenas 9 mil estão sendo tratadas pelo SUS, o que corresponde a somente 3% dos que precisariam de acompanhamento médico.

A realização do teste e a utilização de métodos preventivos, como a camisinha, são de extrema importância para a redução do contágio e do número de casos da doença. A busca por ajuda médica também é essencial para conhecer mais sobre Hepatite B e receber o tratamento adequado.

 

AIDS HEPATITE B
38 milhões de infectados no mundo 350 milhões de infectados no mundo
600 mil portadores no Brasil 2 milhões de portadores no Brasil
150 mil pacientes recebem tratamento do SUS  9 mil pacientes recebem tratamento do SUS

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