Médicos precisam se preparar para o envelhecimento da população

Um relatório do Banco Mundial (Bird) mostra que o Brasil “envelhece” muito mais rápido do que os países desenvolvidos. Os idosos, que eram 4,9% da população em 1950 vão triplicar para 29,7% até 2050.

Frente ao baixo número de médicos especializados para atender à essa faixa da população, cada vez mais, o clínico geral deve se preparar para oferecer atendimento específico e diferenciado aos idosos.

O atendimento médico deve valorizar a autonomia, a qualidade de vida e preservar a independência física e mental dos mais velhos. Estudos populacionais revelam que 40% das pessoas com mais de 65 anos precisam de ajuda para realizar tarefas, como compras, cuidar das finanças ou limpar a casa.

Cerca de 10% requerem auxílio para tarefas básicas, como tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se e até sentar e levantar de cadeiras. O médico deve avaliar as capacidades e habilidades funcionais do idoso para prevenir perda de independência e autonomia, e ainda evitar o isolamento social.

Também deve buscar problemas que não são comumente diagnosticados, como doença de Parkinson, incontinência urinária, demências, depressões, glaucoma e catarata. Ao mesmo tempo, deve evitar excessos na prescrição de medicamentos.

Idosos com graves problemas, sem possibilidade de recuperação ou com recuperação prolongada, podem demandar internação hospitalar de longa
permanência, mas deve-se tentar a reabilitação antes e durante a hospitalização, evitando que as enfermarias sejam apenas acomodações, aumentando o sofrimento e o custo.