Evento discute a importância do diagnóstico precoce da Doença Arterial Periférica

No dia 30 de julho, no Intercontinental Hotel & Resorts em São Paulo (SP), médicos brasileiros participam do primeiro evento da América do Sul sobre a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), São Paulo SUMMIT ? Do Laboratório à Prática Clínica. O evento tem patrocínio da Libbs Farmacêutica e será realizado pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, sob a coordenação dos Doutores Álvaro Avezum, Leopoldo Piegas e Nilo Isukawa.

O objetivo é reunir especialistas de diferentes áreas, como cardiologia, cirurgia vascular, clínica médica e endocrinologia, dentre outras, com objetivos comuns: a detecção precoce e o controle efetivo sobre os fatores de risco cardiovascular, além da incorporação e aplicação do conhecimento, na prática clínica diária, baseando-se nas melhores e mais recentes pesquisas científicas.

O evento terá palestras com grandes nomes da medicina no Brasil e com um convidado internacional, o Dr. William R. Hiatt, professor de medicina e chefe da seção de Medicina Vascular do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado. O especialista é considerado um dos maiores pesquisadores na área cardiovascular do mundo, principalmente, em Doença Arterial Obstrutiva Periférica.

Por não se voltar a uma única especialidade médica, o evento tem como objetivo orientar todos os médicos participantes sobre o diagnóstico e o controle antecipado da enfermidade. ?Será uma excelente oportunidade de reunir colegas de diferentes especialidades interessados na Doença Arterial Obstrutiva Periférica, a qual representa uma causa muito importante de mortalidade e de graves problemas de saúde no Brasil e no Mundo?, declarou Dr. Otávio Berwanger, Coordenador e Investigador de Estudos Clínicos do Instituto Dante Pazzanese e um dos palestrantes do encontro.

Segundo ele, o São Paulo SUMMIT visa a discussão das principais evidências científicas disponíveis sobre o tema, a qual inclui conceitos de pesquisa básica relevantes para a prática clínica, grandes pesquisas clínicas e áreas que necessitam ser melhor estudadas. Adicionalmente, o encontro visa discutir estratégias para implementar o resultado destas pesquisas científicas no atendimento de pacientes, o que pode resultar em melhoria da qualidade assistencial e beneficiar diretamente um grande número de pessoas que sofrem as conseqüências dessa doença.

A prevenção é a área que o convidado internacional, Dr. Hiatt, mais direciona suas pesquisas. Como investigador cardiovascular, promove diretamente a base científica das doenças cardiovasculares e, atualmente, se dedica à preparação do TASC 2, The Trans-Atlantic Inter-Society Consensus, o consenso que irá se tornar uma referência internacional, para todos os profissionais, em relação ao manuseio da DAOP.

Sobre a DAOP

Doenças cardiovasculares são consideradas as mais freqüentes causas de incapacitação e morte do ser humano. Seu diagnóstico precoce pode prevenir infartos e derrames. A presença da Doença Arterial Obstrutiva Periférica, DAOP, reduz em dez anos a expectativa de vida do paciente, além de mostrar indícios de uma doença cardiovascular generalizada, associada ao acúmulo de gordura nas artérias que levam sangue para o coração (coronária), o cérebro (carótidas) e os rins (com risco de perda do órgão).

A DAOP é causada pelo depósito de gordura nas artérias dos membros inferiores. Com isso, ocorre o estreitamento do vaso sanguíneo e, conseqüentemente, diminuição da irrigação de sangue rico em oxigênio para a musculatura das pernas e dos pés, levando o portador da doença a sentir dor e desconforto ao caminhar, e, em casos extremos, a amputação do membro é inevitável. Por esse motivo é, muitas vezes, confundida com artrose ou reumatismo. De acordo com especialistas, em 95% dos casos a detecção da enfermidade não exige exames mais sofisticados. Bastam a análise do histórico do paciente e um simples exame de palpação dos pulsos arteriais.

Ainda não existe uma cura para esse tipo de enfermidade, mas médicos asseguram que sua evolução pode ser controlada com o tratamento voltado, principalmente, ao acompanhamento e controle dos fatores de risco, que são os mesmos das doenças cardíacas: tabagismo, diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto. No entanto, o cigarro encaixa-se como fator decisivo no desenvolvimento da DAOP.

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