Diminuem as chances de Sharon

sharon180106.jpgO estado de saúde de Ariel Sharon vem exigindo grande esforço e conhecimento por parte da equipe que o atende. Apesar disso, pouco ainda se fala sobre o que terá de enfrentar caso sobreviva ao derrame – acidente vascular cerebral (AVC). Alguns especialistas dizem que são remotas as chances do primeiro-ministro israelense recuperar a consciência, já que houve uma lesão grave do tecido cerebral.

O neurocirurgião Luiz Fernando Pinheiro Franco explica o que ocorre com a vítima de um AVC: quando há um acidente vascular isquêmico estabelecido, existe uma área de necrose por falta de circulação adequada no cérebro. Se for uma isquemia transitória, ou seja, em que a circulação se refaz logo, não haverá necrose e o tecido cerebral voltará ao normal. Com o uso de anticoagulantes há o risco de, na vigência de uma crise hipertensiva haver ruptura de vasos, levando a um grande hematoma, já que o sangue não coagula adequadamente. As conseqüências são sempre desastrosas nesse caso.

A hipótese corrente é a de que Sharon tenha apresentado uma isquemia cerebral transitória por embolia. Assim, o primeiro-ministro deve ter sofrido uma crise hipertensiva, com ruptura vascular. Estudos mostram que 15% a 30% de todos os tipos de derrames deixam seqüelas permanentes: motores, cognitivas ou na fala. Além disso, derrames são a terceira principal causa de morte em países desenvolvidos. Estudos mostram que até 38% das hemorragias cerebrais levam à morte em 30 dias.

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