Dia Nacional da Doença de Alzheimer serve para informar

maissaude_monica.jpgInfelizmente ainda não existe a cura para a doença de Alzheimer, mas muitos estudos estão sendo realizados em busca de uma causa, prevenção e tratamento definitivo. Através de portaria ministerial foram criados em todo o Brasil centros de referência para seu diagnóstico e tratamento, inclusive disponibilizando medicamentos específicos, que atuam diminuindo a velocidade de progressão da doença. 21 de setembro é o Dia Nacional da Doença de Alzheimer, reservado para lembrar e informar a população sobre conhecimentos básicos sobre a doença, motivando seu diagnóstico precoce e a sua terapêutica adequada. Tudo para garantir melhor qualidade de vida ao doente e, também, mais preparo aos cuidadores, que, no Brasil, assim como nos países pobres ou em desenvolvimento, na sua maioria, são familiares das vítimas. Nesse dia, ocorre praticamente em todo o país uma campanha organizada pela Academia Brasileira de Neurologia com o intuito de prestar esclarecimento sobre a doença à população em geral.

A doença de Alzheimer se caracteriza pela perda progressiva da capacidade cognitiva. Na fase inicial, o sintoma principal é a perda de memória. A doença vai progredindo com a morte dos neurônios e o paciente vai piorando clinicamente, apresentando outros sintomas, tais como incapacidade de realizar atividades simples do dia-a-dia, desorientação no tempo e no espaço, impossibilidade de controle financeiro, dificuldade de julgamento, até falta completa de autonomia, necessitando sempre de alguém para cuidar de si.

Alzheimer não é um distúrbio comum no envelhecimento, apesar de ser uma doença que prevalece em idosos, além de ser a causa mais freqüente de demência. Sua etiologia ainda é desconhecida e alguns poucos casos são hereditários.

A doença é evolutiva e suas manifestações variam de pessoa a pessoa. Em média tem uma duração de 9 a 10 anos, dividida em 3 fases: leve (cuja principal queixa é o esquecimento); moderada, onde existe um agravamento de todos os sintomas anteriores, as alterações são muito mais evidentes e o paciente necessita cada vez mais de alguém para cuidar de suas atividades diárias de rotina (se alimentar, vestir e higiene pessoal); e severa, quando ele se encontra completamente incapacitado, não consegue mais se comunicar e necessita de cuidados 24 horas por dia, apresentando imobilidade progressiva e perda do controle urinário e fecal. Nessa fase são muito comuns as complicações clinicas, principalmente respiratórias.

Mônica Koncke Fiúza Parolin, neurologista e coordenadora da campanha do Dia Nacional do Alzheimer em Curitiba.

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