Corrida atrás do ouro

corrida040707.jpgO rendimento dos atletas vem aumentando gradativamente e a preparação tanto para os Jogos Pan-Americanos quanto para os próximos Jogos Olímpicos constituem um termômetro que demonstra o fato. Os sucessivos recordes alcançados por esportistas de todas as áreas mostram que a preparação física não pára de avançar. Associadas ao sucesso de talentosos atletas estão a ciência e a tecnologia, colaborando sobremaneira para que muitos deles sonhem com o topo do pódio.

Do lado tecnológico, tecidos inteligentes trazem maior conforto térmico aos esportistas, adequando seus trajes às variadas situações de clima e temperatura. Os tênis são projetados, muitas vezes, especificamente para os pés de um campeão, assim como acontece com as bolas utilizadas nas várias modalidades esportivas, os dados dos lançamentos e as sapatilhas do atletismo, além de uma gama de apetrechos aprimorados após anos de pesquisas.

Na área da saúde, a medicina esportiva contribui para o aumento do rendimento, orientando os atletas com procedimentos corretos para evitar desgastes e auxiliando na prevenção de problemas que antigamente deixavam esportistas de alto nível fora das competições. Aliada a esses avanços está a nutrição esportiva que entra em campo com força total para que atletas possam extrair o máximo de suas potencialidades em competições esportivas.

A falta de atenção à alimentação pode interferir no rendimento durante uma competição e o que é mais grave, causar problemas de saúde decorrentes da prática esportiva. Treinos constantes e competições podem causar desgastes e estresse para os quais o corpo não está preparado. "A alimentação deve ser equilibrada e diversificada, contendo todos os grupos alimentares, priorizando sempre os carboidratos", afirma Valéria Paschoal, consultora nutricional. A dieta é feita, na medida do possível, respeitando os hábitos alimentares do atleta. Há necessidade de um atendimento individualizado, anamnese, avaliação corporal e exames laboratoriais. "Se necessário, pode ser indicada uma dieta para tentar corrigir algum desvio alimentar que possa futuramente prejudicar, em primeiro lugar, a saúde como um todo e depois o desempenho do atleta", avalia.

Fontes de energia

A alimentação está relacionada não somente ao tipo de esporte, mas também à intensidade e duração da atividade, levando em consideração variáveis como a necessidade nutricional do atleta, de acordo com composição corporal e com o gasto energético do esporte praticado. O organismo utiliza diferentes fontes de energia – glicose, ácidos graxos e aminoácidos. Nos exercícios mais intensos e rápidos, como corrida de velocidade ou levantamento de peso, o organismo usa basicamente a glicose como combustível para os músculos. Nos esportes intermitentes e de menor intensidade, como basquete, futebol e corrida, o organismo também solicita a glicose como fonte de energia, porém a gordura é predominantemente oxidada como fonte de energia.

A especialista em nutrição Tânia Rodrigues afirma que a dieta do atleta deve oferecer quantidades calóricas ideais para cada tipo de metabolismo utilizado no esforço e ainda distribuir carboidratos e proteínas de forma a garantir a produção de energia e a recuperação muscular. "Nas práticas esportivas o organismo terá diferentes demandas por vitaminas e sais minerais que regulam o metabolismo", assegura. Assim, deve-se considerar a função antioxidante de alguns alimentos e também outras substâncias capazes de melhorar sua performance. A nutricionista explica que, dependendo da atividade, o organismo vai exigir diferentes fontes de energia do alimento. "A gordura, por exemplo, é mais apropriada para atividades de longa duração. Nas atividades de alta intensidade o organismo demanda muito mais carboidrato", completa.

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