Com a queda das temperaturas, os casos de conjuntivite são mais freqüentes. Isso ocorre porque um dos tipos de conjuntivite é provocado por vírus, que pode estar associado ao vírus da gripe. A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, que é a membrana que reveste o “branco” do olho, podendo causar alterações na córnea e nas pálpebras.
Os principais sintomas são olhos vermelhos, secreção, lacrimejamento, pálpebras inchadas e sensação de corpo estranho nos olhos. Eles podem durar até duas semanas. Segundo o oftalmologista Leon Grupenmacher, a doença não afeta a visão e o tratamento é feito apenas com medicamentos para aliviar os sintomas e nos casos mais graves para atuar nas infecções.
As conjuntivites podem ser de causa alérgica, viral ou bacteriana. Segundo Leon, é comum as pessoas apresentarem dois tipos da doença (viral e bacteriana). “Muitas vezes o paciente com conjuntivite viral coça o olho, e sem fazer a higiene nas mãos, pega em objeto e volta a coçar o olho. Com isso, ele já se contaminou também com uma conjuntivite bacteriana”, explicou.
A prevenção da conjuntivite é feita apenas pelo cuidado com o contato com as pessoas infectadas. Por isso, destaca o oftalmologista, é preciso evitar situações como banho em piscinas públicas, usar toalhas coletivas e contato físico com indivíduos contaminados.
Paraná
A cidade do Rio de Janeiro está enfrentando um surto de conjuntivite, com mais de 16 mil casos notificados desde o início do ano. No Paraná, porém, não existe um levantamento sobre a ocorrência da doença, já que ela não é considerada de notificação obrigatória. Mas, de acordo com Leon Grupenmacher, é crescente o número de pacientes nos consultórios apresentando o problema. De acordo com a médica do Centro de Investigação e Diagnóstico em Saúde, Iolanda Maria Novadzki, o único monitoramento sobre a doença no Paraná foi feito no ano passado, “mas não representa a realidade, já que foram contabilizados apenas os casos atendidos no sistema público de saúde”.