Bexiga hiperativa afeta a qualidade de vida

Imagine a situação: em um cinema você precisa sentar em uma poltrona próxima à saída, pois sabe que terá vontade de ir ao banheiro ao menos três vezes durante a sessão. Pessoas que têm bexiga hiperativa, uma das formas mais comuns de incontinência urinária, passam a vida assim, entre idas e vindas ao banheiro. Cinemas, jantares, viagens, festas, reuniões e até telefonemas demorados podem ser um problema, já que o portador de bexiga hiperativa chega a ir ao banheiro a cada 20 minutos.

Em uma escala de qualidade de vida, a bexiga hiperativa foi considerada mais debilitante que o diabetes, perdendo apenas para a depressão. ?Se não tratada, o impacto da bexiga hiperativa tanto para a saúde física como para a emocional do indivíduo pode ser dramático?, alerta o urologista José Alaor de Figueiredo. As conseqüências ao portador vão desde baixa auto-estima, depressão, distúrbios do sono, até diminuição da atividade sexual.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, no Brasil cerca de 16% da população sofre de bexiga hiperativa e estima-se que 50% dos portadores demoram cinco anos antes de procurar um médico. Qualquer sintoma urinário ou de controle da bexiga que incomode o paciente ou que interfira no seu cotidiano deve ser investigado. ?É fundamental que o paciente fale com o médico sobre qualquer problema com as funções da bexiga, mesmo aquele que considere sem importância?, alerta Figueiredo.

As formas de tratamento podem incluir medicamentos, terapia comportamental, exercícios pélvicos por meio de eletroestimulação e biofeedback (aparelhos computadorizados usados no reconhecimento dos músculos, facilitando sua contração e relaxamento), além de cirurgia.

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