Aumentam as queimaduras por lagartas

Os períodos de temperaturas mais elevadas também coincidem com as fases de transformação de algumas espécies de mariposas, o que aumenta os acidentes de queimadura por lagartas. Só neste ano a Secretaria de Estado da Saúde registrou 24 casos de queimadura e uma morte. Uma das espécies mais comuns no Estado é a lonomia, um gênero de mariposa identificada no México e Américas Central e do Sul.

De acordo com a bióloga do Museu de História Natural da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Solange Regina Malkowski, como todo o inseto que passa por metamorfose completa – ovo, lagarta e pupa -, a fase de lagarta é que a representa perigo para o ser humano.

As lagartas – que medem até 7 centímetros – podem ser identificadas pela cor marrom-claro-esverdeada ou marrom- amarelada. A bióloga explica ainda que o tegumento da largada possui ainda diversas ramificações de cor esverdeada, "que funcionam como verdadeiros canalículos que ao menor contato rompem-se e derramam um poderosa toxina urticante, que causa queimadura com vermelhidão". Esse material tóxico liberado pela lagarta também pode provocar inchaço, mal-estar, cefaléia, náuseas e vômito, bem como, manchas escuras pelo corpo, sangramento pelo nariz, gengivas e urina, e em ferimentos recentes, manifestações hemorrágicas que podem surgir entre 8h a 72h após o acidente. As situações mais graves evoluem para insuficiência renal aguda e morte.

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