Antibióticos e o câncer de mama

Mulheres expostas a grandes quantidades de antibióticos se vêem sob um risco até duas vezes maior de desenvolver câncer de mama, mas não se sabe se o tratamento é a causa real da forma mais comum de tumor maligno nas mulheres em todo o mundo. As descobertas condizem com um estudo anterior realizado na Finlândia com cerca de 10 mil mulheres. Apesar de explicar que mais pesquisas são necessárias para comprovar o vínculo entre os antibióticos e o câncer de mama, os pesquisadores ressaltaram que é preciso usar este tipo de medicamento com muita prudência. A nova pesquisa, realizada na Universidade de Washington em Seattle, baseou-se no acompanhamento de 10.219 mulheres em um plano de saúde grupal – algumas das quais tinham câncer de mama e estavam em tratamento. O uso de antibióticos pelas pacientes estudadas foi determinado pelos registros de receitas médicas mantidos pelo plano de saúde. A comparação mostrou que as mulheres que tomaram antibióticos por mais de 500 dias ou tinham mais de 25 receitas deste tipo de medicamento, durante um período médio de 17 anos, apresentavam um risco dobrado de câncer de mama, comparadas às mulheres que não tomaram antibióticos. O risco também era menor para mulheres que tomaram antibióticos por menos dias. Mas mesmo mulheres a que havia sido receitado antibiótico uma a 25 vezes naqueles 17 anos eram 50% mais propensas a ser diagnosticadas com câncer de mama do que as que não tomaram. O risco aumentado envolveu todas as classes de antibióticos estudadas.

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