A banana é a principal fonte de polifenóis na dieta do brasileiro. Estes compostos bioativos fazem parte da composição química de vegetais e, conforme estudos, têm mostrado que, devido principalmente à elevada capacidade antioxidante, essas substâncias podem contribuir na prevenção de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, dentre outras.
Por enquanto os pesquisadores não chegaram a conclusão sobre qual a quantidade diária recomendada para o consumo, mas estudos estão em andamento.
Um deles, realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), analisou a disponibilidade desses compostos bioativos nas 12 frutas e hortaliças mais consumidas no país. A banana prata, segundo conclusão das nutricionistas Ana Luísa Faller e Eliane Fialho, é a principal fonte de polifenóis na mesa do brasileiro.
Os outros vegetais analisados foram: abacaxi pérola, laranja lima, mamão papaia, manga tommy, tangerina ponkan, brócolis, repolho branco, batata inglesa, tomate, cebola e cenoura.
Segundo o estudo, o teor médio de polifenóis encontrados nesses alimentos foi maior na banana e menor no tomate. Laranja, cebola e manga, ficaram logo abaixo da banana, apesar da discrepância na quantidade encontrada.
Considerando esses alimentos como toda a fonte de polifenóis na dieta do brasileiro, o trabalho observou que, quando o que se verifica é o aporte diário da substância, o brócolis é o que menos contribui (considerando o aproveitamento do talo e das folhas além das flores).
De acordo com os pesquisadores, foram constatadas grandes diferenças entre a disponibilidade média de polifenóis nas regiões do país: enquanto no Sul o consumo das substâncias que combatem radicais livres é de 53,6 mg, no Centro-Oeste a média é de 28,2 mg. As autoras do estudo sugerem que a proximidade de centros de produção e comércio dessas hortaliças e frutas influencia diretamente nesses índices.
Além disso, fazem uma ressalva ao fato de que os dados buscados juntos ao IBGE são uma média, não refletindo necessariamente os hábitos de consumo de vegetais em todas as localidades.
A participação de alimentos regionais pode ser mais evidente em relação às frutas, devido à biodiversidade das regiões, tendo como exemplos, açaí, cupuaçu e taperebá no Norte, e pequi e gabiroba no Centro-Oeste. “Frutas tropicais nativas do Brasil possuem conteúdo significativo de compostos fenólicos”, completam.