Virada Cultural faz da noite paulistana momento de arte

Único evento na América Latina com centenas de atrações gratuitas acontecendo simultaneamente e durante 24 horas ininterruptas, a já consagrada Virada Cultural, que acontece em São Paulo entre os dias 2 e 3 de maio, se transformou em um ícone paulistano, reunindo milhões de pessoas – paulistanos e turistas – atraídas pela diversidade e qualidade das atividades oferecidas.

O evento já entrou definitivamente para o calendário turístico da capital paulista e reforça a vocação moderna e vanguardista da cidade que, além dos negócios e eventos, possui uma ampla oferta cultural, aliada a uma gama de equipamentos voltados ao entretenimento sem igual na América Latina.

Nesta 5.ª edição da virada, que começa às 18h de sábado e vai até as 18h de domingo, a região central da cidade contará com 28 espaços especialmente montados para o evento, onde mais de cinco mil artistas se revezarão em 800 diferentes atrações.

São shows dos mais variados ritmos: do samba-rock ao eletrônico, do rock ao romântico brega; releituras dos discos mais significativos de importantes nomes da música brasileira; apresentações circenses, intervenções, encontros.

Na abertura, as sirenes do grupo francês Mecanique Vivant, instaladas sobre os edifícios da região da Praça do Patriarca, darão a largada na maratona de espetáculos.

O primeiro show musical, que abrirá oficialmente a sequência de atrações, será no grande palco da Avenida São João com Jon Lord e Orquestra Sinfônica Municipal. O lendário tecladista e organista do Deep Purple apresentará seu Concerto Para Grupo e Orquestra de 1969.

No mesmo palco, subirão ao longo da noite e madrugada afora Geraldo Azevedo, Marcelo Camelo, Tim Maia Racional (apresentado por Instituto, Bnegão, Thalma e Dafé), Tribo de Jah, Cordel do Fogo Encantado, Zeca Baleiro e Novos Baianos. Maria Rita encerrará a festa.

No Palco Arouche, o clima será outro. Dançando juntinho ou cantando em coro, o público vai conferir as apresentações de nomes como Benito di Paula, Wando, Reginaldo Rossi, Beto Barbosa, Odair José e Wanderley Cardoso.

Já o palco do Teatro Municipal abrigará consagrados nomes relendo seus trabalhos mais marcantes, da primeira à última faixa. Subirão ao palco artistas como Arrigo Barnabé e banda Sabor de Veneno (com Clara Crocodilo), Egberto Gismonti (Alma), Tom Zé (Grande Liquidação), Chico Cesar (Aos Vivos) e Fafá de Belém (Água).

Na Praça Dom José Gaspar a atração será o piano e na Estação da Luz os fãs de Raul Seixas, morto há exatos 20 anos, ouvirão uma homenagem ao cantor prestada por 19 bandas. O primeiro show será da banda original de Raul, Os Panteras.

Já a Praça da República será o palco do rock, recebendo de Matanza e Vanguart a COM 22 e Nação Zumbi, entre outros nomes. O evento é realizado pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, e conta com parceria da São Paulo Turismo (SPTuris), Secretaria de Cultura do Estado e Sesc-SP.

Mais turistas

Segundo estimativas do Observatório do Turismo (núcleo de estudos e pesquisas da São Paulo Turismo), este ano a virada deverá atrair para a capital paulista cerca de 330 mil visitantes.

O número representa um aumento de 10% em relação a 2008. Além de o evento estar mais consagrado no Brasil e até mesmo em outros países, estampando até noticiário internacional, o aumento deve-se ao fato de a Virada Cultural acontecer pela primeira vez durante um feriado prolongado (logo após o Dia do Trabalho), o que também eleva o gasto médio dos visitantes, que em vez de ficar em média 1,6 dia (dado de edições anteriores), deverá permanecer 2 dias inteiros. A virada deve movimentar em São Paulo em 2009 cerca, de R$ 100 milhões somente com o turismo.

Performances interativas

Alexandre Diniz
Do samba-rock ao eletrônico, do rock ao romântico brega: público lota as praças para ouvir ritmos diversos.

Entre um palco e outro, dezenas de trupes performáticas devem dividir com os artistas a atenção dos espectadores. Elas serão responsáveis pela interação com o público. Circularão pelas ruas e pelos edifícios em trapézios; estarão em escadas, viadutos e becos, com apresentações inusitadas e surpreendentes, que podem acontecer ao lado, longe ou acima daqueles que transitarem pela Virada Cultural.

Sim, acima, pois o Vale do Anhangabaú ganhará infraestrutura própria para que artistas façam apresentações e travessias aéreas. O Anhangabaú, aliás, terá atenção especial.

Neste ano, o vale será totalmente estruturado para ser o centro de danças da virada. Além do já conhecido palco da dança, o espaço ganhará um ônibus especial, onde serão ministradas aulas de diversos ritmos.

O destaque vai ficar por conta de uma retroescavadeira que bailará com um grupo francês e uma cama elástica, na qual os artistas parisienses do Tango Sumo se apresentarão.

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