Salão de Turismo incentiva discussões

Otimismo, satisfação e expectativa por importantes conquistas foram as tônicas do 11.º Salão Profissional de Turismo e 2.º Salão Regional de Negócios em Turismo para o Mercosul, eventos promovidos pela Abav-PR (Associação Brasileira das Agências de Viagem do Paraná), sexta e sábado passados. A novidade deste ano é que, em paralelo a esses eventos, a Secretaria Estadual de Turismo e a Paraná Turismo realizaram a 1.º Mostra das Regiões Turísticas do Paraná.

Joel Duarte, presidente da Abav-PR, ressaltou que a mostra é o fruto de uma parceria entre a iniciativa privada e o poder público, fundamental para o desenvolvimento do turismo. ?O Paraná ainda é eminentemente emissivo. Acreditamos nessa mostra em que o Estado apresenta os seus produtos sendo formatados. Prudentópolis, por exemplo, conhecido pelas cachoeiras, agora está com um estande aqui para todo mundo ver?, comenta.

Ao traçar um cenário do turismo brasileiro, o presidente da Abav Nacional, João Martins, considera que hoje se tem um crescimento sustentável do setor. ?Para este ano, os operadores falam em crescimento de 19%, os agentes de 14%, os restaurantes de 15% e os hotéis, de 16%, no Brasil todo há uma forte tendência de crescimento sustentável?, comentou.

Expectativas

Mas, se por um lado, os agentes estão satisfeitos com os rumos do turismo nacional, por outro, não vêem a evolução de assuntos importantes, como, por exemplo, a regulamentação da atividade, cujo projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados já há algum tempo, mas continua emperrado no Senado Federal.

Eles também estão apreensivos e pedem o apoio do governo federal na questão da Varig. A empresa está com uma dívida de US$ 6 bilhões a US$ 9 bilhões, que pode levá-la à paralisação das atividades. ?Queremos que seja dada uma oportunidade para a companhia, que tem um passivo grande e que, há anos atrás, já funcionou como uma espécie de embaixada brasileira em alguns países?, diz João Martins.

Outra questão que ainda nubla o tão sonhado céu de brigadeiro para os agentes de viagem é a falta de um acordo com as companhias aéreas em relação à comissão paga às agências. Eles querem voltar aos patamares de comissão de 10% para passagens aéreas nacionais e 9% para passagens aéreas internacionais, como eram até janeiro de 2000. Hoje, o comissionamento no Paraná é de 7% e 6% para a venda de nacionais e internacionais. ?Nosso problema está sendo a IATA (associação internacional que reúne 276 companhias aéreas)?, revela Martins.

O 11.º Salão Profissional de Turismo Abav-PR e o 2.º Salão Regional de Negócios de Turismo para o Mercosul reuniram trezentos expositores no Estação Convention, em Curitiba. A expectativa era receber cerca sete mil visitantes nos dois dias de evento e gerar, nos próximos doze meses, um incremento de R$ 153 milhões nos negócios das empresas expositoras.

Voltar ao topo