Sacramento preserva seus tesouros

Minas Gerais guarda verdadeiros tesouros para o turismo. São cidades incrustadas em regiões de muita natureza e de histórias ligadas a importantes ciclos econômicos. Assim é, por exemplo, Sacramento, cidadezinha de 22 mil habitantes, situada na microrregião de Araxá, a 450 quilômetros de Belo Horizonte. A região é convidativa para turistas que querem descansar, curtir a natureza, simplesmente passear e também para aqueles que procuram aventura. Inserida em uma região rica em água – tem mais de cem cachoeiras – é propícia para diversão com esportes como banana-boat, caiaque, jet ski, mergulho, entre outros. A pesca predatória é controlada na região e só é permitida a pescaria lazer e pesque-pague que são muito procurados. E essas atividades são favorecidas pelas altas temperaturas da cidade, mesmo nos meses de inverno, quando os termômetros baixam um pouco somente à noite.

O complexo Águas do Vale é um dos pontos de maior visitação. Além de fazer parte de um cenário privilegiado que reúne montanhas e vegetação exuberante e estar às margens de um imenso lago de 33 milhões de metros quadrados, o complexo oferece uma infra-estrutura completa, com piscinas de água quente e fria, toboáguas, quadras, restaurantes, área de camping e hotel.

A região tem mais de cem cachoeiras e a alta temperatura favorece os banhos, mesmo no inverno.

Outro importante atrativo da cidade é a Gruta dos Palhares – considerada a maior gruta de arenito das Américas – comportando em seu primeiro vão cerca de cinco mil pessoas. Ramificando-se em outros compartimentos, tem uma profundidade explorada de aproximadamente 450 metros que, por questão de segurança, só pode ser visitada ou estudada com autorização especial. A formação rochosa é de arenito botucatu e sua descoberta se deu na metade do século XIX. A área de visitação é rica de belezas naturais, com sua altura de 22 metros, abrigando em cada dobra da rocha centenas de ninhos de maritacas, papagaios, andorinhas e outras aves que ali encontram tranqüilidade para reprodução.

Aproveite e explore a região

A região de Sacramento tem também um grande valor histórico-cultural. Em meados do século XVIII foi desbravada pelos bandeirantes que exploravam ouro e mais tarde recebeu o progresso com o plantio de café. O povoado de Sacramento foi o primeiro a exportar café para Goiás, Mato Grosso e Uberaba que o revendia para o exterior. Com a marcha do café para o leste paulista e as novas necessidades criadas pela colonização se deu a criação da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação. Deste período ficaram as lembranças como igrejas, casas de essencial importância e estação de bondes.

As atrações turísticas do perímetro urbano são o Museu Municipal, com grande acervo histórico e cultural; a antiga Estação dos Bondes, hoje Palácio das Artes, construída em estilo alemão, inaugurada em 1913, ponto de venda de artesanato, licores, doces, crochês, bordados, tear e variados souvenirs; a Igreja Matriz, onde foi colocada a pedra fundamental da cidade em 1820, e a Casa da Cultura Sérgio Pacheco, com acervo de mais de trinta mil volumes diversos e o anfiteatro com trezentos lugares, recém-restituído.

Distante quatro quilômetros da cidade, a Usina Cajuru, inaugurada em 1913, no Ribeirão Borá, também é um passeio interessante. Recentemente foi recuperada pelo Patrimônio Histórico Municipal. Junto à usina, está o Ribeirão Borá com suas inúmeras cachoeiras.

Para quem tiver muito fôlego e vontade de explorar a região não tem como deixar de conhecer o Parque Nacional da Serra da Canastra, situado na região sudoeste do estado, nos municípios de Sacramento, Delfinópolis e São Roque de Minas. O parque abriga a nascente do Rio São Francisco, no Vale dos Cândidos.

No Canastra há espécies como o cachorro-do-mato, veado-campeiro, ema, siriema, codorna, perdiz, gavião, curiango e coruja. Nas partes mais altas, lobo-guará e tamanduá-bandeira, espécies raras e ameaçadas de extinção.

O parque está situado no divisor de águas entre as grandes bacias dos rios Paraná e São Francisco. A poucos quilômetros da entrada do Canastra, próximo à nascente do ?Velho Chico? já se pode visitar a parte alta da Cachoeira Casca d?Anta, com a formação de várias piscinas naturais.

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