Sabe-se hoje que uma experiência de estudo ou trabalho no exterior enriquece qualquer currículo. Preocupados em preparar os filhos para enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais concorrido, muitos pais mandam os adolescentes para estudar fora do País. Mas qual é a melhor idade ou fase para encarar uma experiência dessas e ter uma garantia maior de aproveitamento?
Segundo Maria Cristina Buchala, diretora-presidente da Via MC Intercâmbio, há programas voltados para jovens a partir dos 13 anos, porém, ela considera que a melhor idade para viajar desta forma é entre 15 e 16 anos, por uma questão de maturidade. “Com 13 anos, o ideal são aqueles programas de um ou dois meses, em que o aluno estuda o idioma e fica hospedado em residências estudantis, onde é monitorado por professores”, diz ela, que já enviou mais de três mil brasileiros para estudar no exterior.
No caso de um adolescente com 15 anos ou mais, Maria Cristina recomenda hospedagem em casas de família, onde o intercambista tem mais oportunidade de conhecer como vivem as pessoas nativas do país. Para estes que, em geral, já estão mais preparados psicologicamente do que os mais novos, são indicados os programas de seis meses ou mais.
Empecilho
A diretora da Via MC Intercâmbio diz que timidez ou insegurança não são empecilhos para que um adolescente seja mandado estudar fora. “Só não indicamos intercâmbio para jovens com problemas muito graves de comportamento”, diz.
Para os programas de férias, é preciso apenas ter o conhecimento básico do idioma; já para o High School, por exemplo, é exigido pelo menos o intermediário. Segundo Maria Cristina, entre os países que melhor recebem intercambistas brasileiros estão Estados Unidos e Canadá. Este último tem ganhado a preferência de muitas pessoas como destino de intercâmbio, principalmente nos últimos dois anos. “É um país com grande influência europeia, culturalmente falando, além de oferecer uma ótima qualidade de vida e ser um dos mais seguros do mundo”, justifica. Pela Via MC, um programa de dois meses em Vancouver, por exemplo, custa 3 mil dólares canadenses (um dólar canadense equivale a cerca de R$ 1,75), incluindo curso, acomodação em casa de família, refeições e material didático.
Cidades menores despontam como destinos interessantes para intercâmbio. É o caso de Irvine e Sacramento, ambas na Califórnia (EUA), e a estudantil Cambridge, na Inglaterra.
A STB (Student Travel Bureau) tem o programa de férias Young, criado para crianças a partir dos oito anos e adolescentes de até 17, com opções de escolas no Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e Suíça. A duração é de duas a quatro semanas e a acomodação pode ser em casas de famílias locais ou em dormitórios das próprias escolas.
Inglês + Disney
A Experimento também oferece opções para crianças, porém, a partir dos 11 anos. Trata-se de um programa de férias, com duração de duas semanas (sempre em julho) e que alia curso de inglês com passeios nos parques da Disney. É oferecido para adolescentes de até 17 anos. Preço: US$ 3.675 por pessoa, incluindo curso, ingressos para os parques, 13 noites de acomodação, em apartamento duplo, no Hotel All Star, que fica dentro do complexo Disney, e refeições.
Para a diretora comercial da Experimento, em Curitiba, Cirena Valiati, os jovens que optam por este programa adoram a experiência, mesmo os mais novos, de apenas 11 anos. Porém, ela considera que a melhor idade para se fazer o primeiro intercâmbio é a partir dos 14 anos. “A ideia de mandar um filho estudar fora é que ele volte diferente, principalmente, por ter conhecido e participado de uma outra cultura. Antes dos 14, eu acredito que a experiência não acrescenta muito em conteúdo e vivência”, opina Cirena.
A diretora alerta pais, que têm filhos indisciplinados ou que não são bons alunos no Brasil que “intercâmbio não resolve problemas”. Aos jovens, ela diz que é preciso estar consciente de que “intercâmbio não é simplesmente um passeio, pode ser muito divertido, mas é estudo, tem que ter disciplina e foco”.
Entre os destinos mais interessantes para intercâmbio, Cirena destaca os Estados Unidos, por oferecerem uma boa relação custo-benefício, Nova Zelândia e Austrália por serem países cuja grade curricular nas escolas vai além das matérias convencionais.
Mais informações: Via MC Intercâmbio, telefone (11) 3889-7157, site www.viamcintercambio.com.br. STB, telefone (41) 3342-2447, site www.stb.com.br.
Experimento, telefone (41) 3016-8676, site www.experimento.com.br.