As Cataratas do Iguaçu não serão o único símbolo forte e exportado do turismo paranaense. Pelo menos esta é a intenção da Rota dos Tropeiros, um projeto inédito no Brasil, que será lançado no próximo dia 30, em um grande evento a ser realizado na Fazenda Capão Alto, em Castro. Estão sendo esperadas cerca de quinhentas pessoas de diversos estados, que participarão da cerimônia de lançamento e assistirão a uma peça de teatro que contará um pouco da história do tropeirismo no Paraná.
Além do roteiro, serão lançados ainda um mapa e um guia turístico com informações específicas sobre os municípios que fazem parte da rota, sua história, atrativos e serviços. Os materiais foram desenvolvidos pela Paraná Turismo.
A Rota dos Tropeiros envolve dezesseis municípios localizados nos Campos Gerais, Região Metropolitana de Curitiba, Sudeste e Norte Pioneiro. Além de incrementar o fluxo turístico nessas regiões, o projeto pretende ainda aumentar o tempo de permanência do turista nessas cidades, criando empregos diretos e indiretos e gerando renda.
O roteiro começa em Rio Negro, passando por Campo do Tenente, Lapa, Porto Amazonas, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, Carambeí, Tibagi, Castro, Telêmaco Borba, Campo Largo, Jaguariaíva, Piraí do Sul, Arapoti e terminando em Sengés.
Os dois municípios da rota situados na divisa com outros estados – Rio Negro (Santa Catarina) e Sengés (São Paulo) terão cada um a “Parada do Tropeiro”, um centro de recepção de turistas. Esses pórticos serão construídos com investimentos do governo estadual, da iniciativa privada e da Associação dos Municípios dos Campos Gerais.
Ligados por oitocentos quilômetros e 21 rodovias, esses municípios têm forte potencial para o turismo rural, de aventuras e esportes radicais, além de agregar história, cultura e belezas naturais.
O projeto é coordenado por um conselho gestor, chamado G32, pois é formado por 32 pessoas, ou seja, duas de cada município envolvido, sendo uma representante da iniciativa privada e outra da prefeitura local.
Consolidação
A partir do lançamento, será dado início à segunda fase do projeto, que é a consolidação propriamente dita. Essa etapa compreende, por exemplo, a capacitação profissional, a finalização da preparação dos municípios como destino de visitação e a formatação de produtos (pacotes de viagem) que, posteriormente, serão oferecidos às operadoras de turismo para comercialização.
Para capacitação profissional, o projeto terá o apoio do Sebrae, Senac e Senar.
Segundo Carlos Roberto Solera, presidente da Associação Brasileira de Turismo Rural e um dos mentores do projeto, já estão viabilizados os recursos para desenvolver essa segunda e mais importante etapa.
O único item que ainda está em estudo é em relação aos centros de recepção de visitantes, chamados de “Paradas do Tropeiro”, que serão construídos em Rio Negro e Sengés. Dois anos é o prazo para a conclusão da segunda fase.
Está prevista ainda a criação de um selo de qualidade. Solera explica que estabelecimentos de hospedagem, restaurantes e produtos vendidos aos turistas receberão o selo após receberem orientação e serem submetidos a uma fiscalização coordenada pelo conselho gestor.