Redução da pirataria gera 1,5 milhão de empregos

A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e Business Software Alliance (BSA) apresentam os resultados do estudo realizado pelo International Data Corporation (IDC), que mostra o impacto exercido pelo setor de Tecnologia da Informação em 57 países do mundo e os benefícios econômicos verificados pelo fortalecimento e aplicação das leis de propriedade intelectual. O levantamento apresenta também as principais perdas econômicas das nações além de demonstrar as vantagens de uma redução de 10 pontos percentuais nos atuais índices de pirataria.

Mundialmente, o mercado de TI emprega hoje mais de nove milhões de pessoas, arrecada mais de US$ 700 bilhões ao ano de impostos e contribui com cerca de um trilhão de dólares anualmente para a economia global. Entre 1996 e 2002, o segmento cresceu 26%, gerando 2,6 milhões de novos empregos e acumulando um valor de US$ 6 trilhões para as economias ao redor do mundo. Atualmente, software e serviços relacionados correspondem a 60% dos gastos no setor.

O estudo propõe uma redução de dez pontos percentuais no índice de pirataria no período de quatro anos, ou seja, decréscimo de 2,5 pontos ao ano. A taxa atual no Brasil é de 56%. Com o declínio proposto pelo levantamento seriam gerados 13 mil novos empregos, a arrecadação de impostos seria acrescida anualmente em US$ 335 milhões e a receita da indústria local cresceria mais de US$ 2,4 bilhões. Quando reduziu sua taxa de pirataria de software em 12 pontos entre 1996 e 2002, o Brasil desfrutou do terceiro crescimento mais rápido do segmento de software da região. O setor conduziu o crescimento para a indústria global de TI do país, que criou 91 mil empregos e adicionou US$ 4,5 bilhões à economia local desde 1995.

?A indústria de TI movimenta no Brasil US$ 11,2 bilhões. Se o país reduzisse sua taxa de pirataria como proposto no estudo o setor poderia crescer para cerca de US$ 17 bilhões em apenas quatro anos. É inegável que o combate à pirataria traz benefícios para a economia nacional?, afirma André de Almeida, consulto jurídico da BSA no Brasil.

Além disso, a pesquisa revela seis importantes constatações:

1. A redução dos índices de pirataria acelera o crescimento do mercado de TI:
com crescimento projetado para 34% – entre 2001 e 2006 -, o segmento poderia crescer 15 pontos percentuais mais rápido, ou seja 49%, caso ocorresse a redução de 10 pontos percentuais no índice médio de pirataria mundial.

2. Expansão econômica: o índice mundial de pirataria de software é de 40%, com o declínio proposto pelo levantamento, mundialmente, seriam criados 1,5 milhão de novos empregos, cerca de US$ 64 bilhões seriam arrecadados em impostos e o crescimento econômico mundial teria um acréscimo de US$ 400 bilhões.

3. Benefícios com a redução da pirataria: oito dos dez paises com os maiores índices de pirataria estariam entre as dez nações com os maiores benefícios de uma redução do comércio ilegal de programas.

4. Benefícios comprovados: os países que trabalharam duro para reduzir a pirataria, como o Japão, Egito e Reino Unido, já obtiveram benefícios econômicos significativos ou estão posicionados para uma rápida aceleração de suas economias de TI.

5. Benefícios regionais: regionalmente, a Ásia e Pacífico, seguida pelo Leste Europeu e Europa Ocidental, obteriam os maiores benefícios relativos com as reduções na pirataria.

6. Realidade: a redução de 10 pontos percentuais dos índices de pirataria é factível. Pelo menos dois terços dos países pesquisados reduziram suas taxas em 10 pontos desde 1996.

?O grande número de programas pirateados no mundo mostra a seriedade do problema e a necessidade de políticas de combate à falsificação em cada país. O Brasil vem mostrando esforços nesta luta contra o crime de propriedade intelectual e apresenta resultados positivos, entretanto, o combate precisa ser intensificado?, declara José de Miranda Dias, presidente da Abes.

Apesar da desaceleração da economia mundial, o setor de tecnologia na América Latina cresceu e tornou-se uma indústria de US$ 24 bilhões que emprega mais de meio milhão de pessoas. O estudo demonstrou que uma redução de 10 pontos percentuais até 2006 na taxa latino-americana de pirataria de software, que atualmente é de 57%, promoveria um crescimento de US$ 38 bilhões em receitas no setor, empregando 750.000 novas pessoas. O Brasil, que detém o maior setor de TI da região, agregaria mais US$ 3,2 bilhões à sua economia, o mesmo valor de todos os outros países latino-americanos combinados e a Argentina triplicaria a receita gerada por seu setor de TI entre 2002 e 2006.

?A proteção da propriedade intelectual traz benefícios inegáveis para as nações. A redução da pirataria ajuda a promover o potencial criativo e inovador dos países, além de alavancar o crescimento da economia?, declara Márcio Gonçalves, coordenador da campanha antipirataria corporativa da Abes.

Hoje, o país com maior índice de pirataria de software no mundo é o Vietnã com 98% e empatados com as menores taxas estão os países escandinavos, Estados Unidos, Canadá e Grã Bretanha.

O estudo estará disponível no link abaixo:
www.s2.com.br/scripts/apresentacaoMostrar.asp?clienteId=400

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